Poeta Mário Querino 06/12/2018 |
Alguém assim perguntou
Com muita curiosidade:
“Por que você vive assim
Com essa privacidade?”
O que posso responder?
Porque há um resultado
Positivo na minha vida,
Eu vivendo resguardado.
Como vou fazer besteira
Se tenho o conhecimento
Que poderia vir sofrendo
No decorrer do tempo?
Claro, eu tenho direito
De fazer e fruir de tudo
Que o mundo oferece,
Mas sempre faço estudo
E aprendo separar sim,
Aquilo que me agrada
Daquilo que me prejudica
E me deixaria sem nada.
Claro, tenho as mesmas
Paixões que todos têm.
Mas não sou um besta
Para eu avançar também
Em coisa que sou ciente
Que no futuro me dará
Um destino nu e cru,
Sem chance de eu voltar
Ao passado e restaurar
A minha dignidade.
Ora, é bem melhor assim
Ainda nesta privacidade.
Porém, é melhor eu ser
Um controlado agora
Nesta idade, do que fazer
As besteiras por aí afora
E durante minha velhice
Perder minha liberdade.
Eu tenho direito de fazer,
Porém, viso privacidade.
O homem inteligente vê
O futuro e seu resultado,
Mas o tolo, vê o presente
E já avança desesperado,
Achando que há proveito,
Mas com mais um tempo
Estará abandonado sim,
Curtindo seu sofrimento.
Então me deixem aqui
Com a minha visão besta,
Por não me iludir no rol
De “sábios” deste Planeta.
Ora, surdo, cego e mudo
Não sou no planeta Terra,
Para não ouvir, não ver
Nem falar no pé de serra.
Então eu ouço episódios,
Vejo muitos acontecidos
E conto muitas histórias
Para amigas e amigos.
Então não me adiantará
Nada, eu ouvir um caso,
Ver uma boa vantagem
E falar: Eu fiz tudo errado,
E estou pagando o preço!
Então não sou um besta,
Para não ver o resultado
Que terei neste Planeta.
Mário Querino – Poeta de Deus
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