Poeta Mário Querino 12/12/2018 |
Alguém começou a fazer
Compras por todos lados,
Depois ficou sem saber
Como ele pagar os fiados.
Como Jesus Cristo pagou
Todas as nossas dívidas,
Deixando-nos com valor
Entre amigos e amigas,
Alguém recorreu a Cristo,
Para encontrar a solução,
Obter um dinheiro lícito
E após pagar seus irmãos.
Daí começou a lamentar:
“Jesus, estou endividado,
E não posso mais pagar
Minhas contas, os fiados.
Então te peço que me dê
Uma ajuda para eu pagar
E não contrariado viver,
Neste meu querido lugar.”
Jesus ouvindo seu clamor,
Deu um sorriso contente,
Após assim lhe perguntou:
“Por que deve a tanta gente,
Sem nenhuma precisão?
Você não sabia que quem
Compra fiado aos irmãos,
Lidará dobrado também?
Você não estava cônscio
De tudo isso, meu amigo?
Tudo bem, estou pronto,
Jamais fique assim afligido.
Vá pra sua casa tranquilo,
Que resolverei a situação.”
Alguém não sabia do sigilo
Que Jesus tem na vida não,
Então saiu bem contente
Em direção à sua casa.
Quando já ia lá na frente,
Um amigo já procurava
Alguém para trabalhar.
Então, com bom gosto,
Lhe quis logo contratar
Para desentupir esgoto
Que causava dano sim,
Na sua casa, e precisava
Urgente para dar um fim
Na sujeira que bloqueava
O escoamento das águas,
Quando chovia bastante.
Então disse: “Vá em casa,
Fazer algo importante,
Eu lhe pago pelo trabalho,
Porque preciso urgente,
Limpar todos os atalhos
Das águas, e você é ciente
De tudo que faz na vida.”
Então alguém respondeu
Com uma cara frangida:
“Está louco? Acha que eu
Vou limpar esgoto, amigo?
Não, vá procurar outro,
Fazer isso eu não preciso,
Eu não estou nem louco
Para fazer esse trabalho.”
E continuou sua viagem,
Mas em todo o seu atalho
Pensava sim, na verdade,
Que Jesus iria lhe ajudar.
Mais na frente apareceu
Outro varão a perguntar:
“Vai fazer o trabalho meu?
Eu lhe pagarei dobrado,
Porque hoje é domingo,
Certamente é um feriado
E quero viver cumprindo
A Lei Trabalhista. Então
Se você for, ó amigo,
Eu pagarei com satisfação.”
Alguém já constrangido
Pela sua primeira oferta,
Indagou: “O que vou fazer
Lá, senhor? Me interessa?”
O varão disse com prazer:
Lhe ajustarei para ir à roça
E ajudar o amigo e a mim
Arrancar e trazer mandioca
Para a Casa de Farinha.”
Alguém olha para o varão
Com a mesma carinha,
E diz: “Sinto muito, irmão
Porém, eu não vou não.
Achas que eu sou de roça?
Olha para as minhas mãos,
Vou lidar com mandioca?”
Assim por diante, alguém
Dizia aos empregadores.
Mas seus débitos também
Causavam aos credores
Um grande prejuízo sim,
A ponto de ser obrigado
Enviar cartas, coisa ruim,
Para quem compra fiado.
Como a coisa piorava mais,
Alguém caçou Jesus Cristo,
Para Ele pagar. E Jesus faz
Um comentário bonito:
“Meu caro amigo, quem fez
A dívida sem precisão?”
Alguém respondeu, talvez
Sem nenhuma noção:
“Fui eu, ó meu Senhor!”
Jesus disse: “Você é forte
E vários trabalhos achou,
Por que rejeitou a sorte?
Sabia, que quem faz fiado
Precisa também trabalhar,
Se possível até dobrado?
Como agora eu vou pagar
Uma dívida que você fez
E tem condições de pagar?
Quem vai pagar desta vez
É você, se não é doente, vá
Fazer alguma coisa, amigo,
O que o homem puder fazer
Faça, se não, conte comigo,
Mas quem pagará é você,
Nunca mexi com dinheiro,
Lhe mostrei vários serviços,
E não quis, fica o dia inteiro
Sem fazer nada no Distrito.
Se eu pagar essa sua dívida,
Você fará outra maior,
E assim será a sua vida,
Então, pague com seu suor.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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