Ora, quando a gente
Acha que pode fazer
Tudo camuflando
A fim de na vida ter
Algo e tirar proveito,
Deus permite sua vida
Passar por algo ruim
Para a pessoa amiga
Se tocar que fez sim,
Coisa contra a regra.
Daí sua consciência
Essa culpa carrega
Para o resto da vida,
Ainda aceitando
Uma Religião aqui
No cantinho baiano,
Não deixa de trazer
Na memória o mal
Que praticou contra
Seu irmão. É normal
A gente acha que
Não virá sofrimento,
Mas virá sim à tona
Para o pensamento
Não voltar a pensar
Que nada incidiu,
E tudo isso da vida
Já se foi, já sumiu.
É engano, Jesus vai
Salvar a sua alma,
Porém, o seu corpo
Tudo isso paga
Tintim por tintim.
Pois quem faz aqui
Paga aqui também,
Porque eu nunca vi
Um morto pagar
Nada aqui na Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E sigo devendo a dois
Desde quando nasci,
E jamais espero ter
Condições pra pagar
Essas minhas dividas
Que eu devo acertar.
Porém, alguém pode
Perguntar: “Só deve
A dois?” O que eu
Objetar? Ora, segue
A minha vida sim,
E continuo devendo
A Deus e ao Mundo,
Ainda não querendo.
Por isso às vezes eu
Preciso controlar
Os meus aforismos,
E se eu não tomar
Algum remédio, eu
Só vou aumentar
As minhas dividas
Enquanto eu ficar
Neste vasto Planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra.
Então, jamais pense
Que, se me fizer mal
Ou tentar me iludir,
Tudo isso é normal,
E jamais vai pagar.
Ora, com a Verdade
Não se brinca não,
E pra ir à Eternidade,
Deve pagar tudo
Antes de morrer,
Pois morto não paga
A mim nem a você.
Seja um inteligente
E sabido, mas deixe
De ser um esperto,
E após não se queixe.
Mário Querino – Poeta de Deus
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