A vida proporciona
O melhor pra gente,
E o melhor sucede
Para os contentes
E tem sim, paciência,
Tolerância e gratidão.
Porque a afabilidade
Faz bem ao coração,
À mente e ao corpo,
Sobretudo à alma
E ao espírito. O bom
Da vida é ter calma
Para não cair não,
Em triste precipício
Nem no desânimo.
Por que tudo isso
Já trouxe sim, a dor
Para atrofiar a vida,
Sobretudo na área
Do amor. As feridas
Que tento curá-las
Há muitos anos,
Ainda não cicatrizou
No cantinho baiano.
Ora, tudo eu sofri
Paciente e tolerante,
Mas quando notei
Que estava distante
Do amor da minha
Vida, ora, pensando
Meu coração ficou
No cantinho baiano.
Daí nem o Diabo fez
A minha mente ficar
Tranquila e calma.
Se não fosse Deus, lá
No Inferno eu estaria
Sim, caído sem cura.
Por isso acho melhor
Viver com a loucura.
Como o Inferno tem
Extensa e espaçosa
Estrada, arrependido,
Logo fiz a manobra.
E procurei me unir
De novo com o amor
Que tinha deixado
Por não saber da dor
Que eu passaria sim,
Longe desse amor
Que fazia de tudo
Para eu ter seu calor.
Então hoje em dia,
Já vivo sim, cismado.
Nem tudo que vem
Traz sim um agrado
Para o corpo, a alma
E nem pro espírito.
Por isso enlouqueci
Por ter chegado isso
Que deixou iludido
Meu terno coração.
Então, não foi à-toa
Eu ficar sim, doidão.
A minha mãe D. Dedé
Sempre me dizia:
“Gato que cai na água
Quente, teme a fria.”
Então, hoje em dia,
Não caio mais não,
Nesse golpe traçado
E repleto de ilusão.
Quando eu me via
Um cara inteligente,
Sábio, e sim, espeto,
Caí como inocente.
Hoje, com toda esta
Minha loucura,
Estou fora de quem
Se diz ser criatura
De Deus. Pois amar
Não é pra todos não.
Por isso eu já deixei
Para trás essa ilusão.
Mário Querino – Poeta de Deus
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