O mundo tem sim
Grande dimensão,
E tem 4,5 bilhões
De anos sim, e não
Deixou de receber
Seres vivos, que são
Controlados aqui,
Sobre nosso Chão.
Não há acumulação
Demais de viventes.
Porque morrem sim,
É lógica significante.
Por isso que incide
Morte entre idades.
Ao nascer crianças,
Expiram quantidade
Equivalente norma
Natural. Há vários
Jovens, expira sim
Ainda o necessário,
Para o lugar caber
Quem passará sim
Para a fase adulta
A qual serve a mim.
Quando há idosos
Fora do limite sim,
Uns vão se embora,
Ache bom ou ruim.
A Natureza começa
A fazer uma seleção,
E quem tiver pressa,
Libera sem perdão
E de fato, a Morte
Levará. Por isso eu
Não me preocupo,
E sigo o trilho meu
Sem iludir ninguém.
E quem bem sabe
Que a Natureza tem
Opção, sou eu. Cabe
A Jesus Cristo decidir,
Se for para ir agora,
Não adianta chorar
Nem ainda a senhora
Marisa ir procurar
Recursos científicos.
A Morte virá sim
Visitar meu Distrito
Titulado Bananeiras.
Certamente, levaria
Só eu, pois seria eu
Quem incomodaria.
Ora, por isso a Terra
Tem nos suportado
Até agora, irmãos,
E sendo controlados,
Tanto nós pessoas
Quanto os animais,
A Terra ainda cabe
Um pouco mais.
Ora, breve expirarei
E deixarei espaço
Para outra pessoa,
Isto é justo, eu acho.
Agora, eu pergunto:
Eu viver aqui sem
Fazer mais nada,
Esse viver fará bem
Para o meu corpo,
Alma e espírito?
Eu não iria ocupar
A vaga no Distrito,
De quem ainda faz
Algo de bom sim
No planeta Terra?
Se eu ficar, pra mim,
Sem fazer nada, é
Deixar um preciso.
Volto ao pó e fica
O espaço pro amigo
Que nascerá após
Eu expirar na Terra,
É claro, no Distrito,
Amado pé de serra.
Acham que tenho
Medo de morrer,
Tendo certeza que
Vêm em casa dizer:
“Jesus Cristo lhe dê
O Céu por descanso;
Meus sentimentos
E Vá em paz.” Tantos
Almejos no velório
Que vão exibir sim,
E entre sofrimentos
Falarão para mim.
Se falam tudo isso,
É porque o Céu é
Um espaço melhor,
Mas ninguém quer
Ir pro Céu, pois é
Preciso expirar aqui
Para poder então,
Feliz para o Céu ir.
Mesmo com medo,
Não há escapatória.
Então a terra segue
Com a sua História.
Nós somos bestas,
Achando que a vida
Durará para sempre
Nesta Terra querida.
Ora, estou redigindo,
Amanhã já será sim
Outro dia, e quem
Sabe o que pra mim
Virá? Já faço o que
Tenho de fazer hoje.
Alguém poupou pra
Depois, e não pôde
Fazer. O seu tempo
Venceu, como vence
Outro produto sim,
Perecível. Ora, pense
E faça algo hoje sim,
Pois o amanhã não
Cabe a nós, e sim,
Ao Deus da Salvação.
Por que este Mundo
Ainda não acabou?
Porque ainda tem
Lugar, gente deixou,
E ainda gente deixa
Para ir para o Céu,
Dizem os pregadores,
Porém, por mais fiel
Que seja o Pregador,
Ele não quer ir não,
E se tivesse certeza
Do Céu da Pregação,
Fosse sim de fato,
Como ele apregoa,
Ele não iria chorar
Na casa da pessoa
Que a Natureza já
Decidiu levar ao Céu,
E sim, ficaria alegre
Erguendo o chapéu
Dando graças a Deus.
Por isso eu já fico
Calado, só ouvindo
Pregação no Distrito
Titulado Bananeiras.
Pois tenho 60 anos,
E minha vida inteira
No cantinho baiano
Me deixa cônscio
Que serei nomeado
Para deixar a Terra
E lugar desocupado
Para quem chegar
Após eu morrer.
Então, já agradeço
Por este meu viver
Ainda entre altos
E baixos nesta vida
Ao lado da Mulher
Titulada D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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