Era de madrugada,
Acordei-me na boa,
Levantei-me e abri
A janela, não à-toa,
Porque me lembrei
De você, ó amor,
E me veio o desejo
De ter o teu calor.
Achando impossível
Voltei para a cama,
E comecei a sonhar
Com quem me ama,
Mas não devo exibir
O sonho que eu tive,
Por que posso tudo,
Mas nem tudo é livre.
Então, o meu amor,
E a minha paixão,
Vão ficar guardados
Somente no coração.
E o meu contemplar
Pela pequena janela,
Me fez lembrar bem
Abraços e beijos dela.
Por isso estou aqui
Nesta madrugada
Lembrando-me sim,
Mas não posso nada
Fazer para te amar,
E te amar sem fim.
Pois você continua
Distante de mim.
Por isso eu não vejo
Mais nenhum jeito,
De te oferecer sim
Meu amor perfeito.
Mas quem sabe, lá
No Céu, tenhamos
Mais liberdade sim,
E nós nos amamos
Com mais precisão.
Pois aqui na Terra,
Mormente neste
Amado pé de serra,
Vivemos de ilusão,
Pois você distante
A vida não oferece
Nenhum instante,
Abraços nem beijos.
Então, vamos ficar
Esperando o tempo
Até ele nos chegar.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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