Ora, quando penso
Nesse grande Dia
Visto Dia das Mães,
Na Chácara Santa Maria
Por fé vejo a Mulher
Que já deu à Luz
Ao cara muito louco
E agradeceu a Jesus
Por nunca ter sofrido
Aflição por causa dele,
Todavia, sempre dizia:
“Não me aflito por ele.”
Por que, ó Querino,
Que a sua mãe não
Agoniava-se contigo?
Por ser um doidão,
Mas sempre honrei
Meus pais, sobretudo
Minha mãe querida
Que sofreu sim tudo
Como gente muda,
Cega, sem o olfato,
Sem sentir cheiro
E sem alçar braços
Pedindo clemência
Ao Senhor por mim.
Então, a minha mãe
Nunca sofreu assim,
Para eu não perder
A vontade de ajudar
Sim, a mim mesmo,
Para não desanimar.
Pois uma mãe que
Rezinga quando tem
Um filho como eu,
Ela precisa também
Se curvar, dá graças
Ao Senhor Deus
Em nome de Jesus,
Pois só enlouqueceu
A mente, mas o seu
Coração é afetuoso,
A ponto de chorar
Sim ao lado do povo
Por reconhecer sim,
A sua mãe nesse Dia.
Mas ao passar a data,
Volta a sua agonia
E sua preocupação
Em ver os seus filhos
Fazendo as besteiras
E andando em trilhos
Sim, que até Satanás
Duvida. Ora, por isso
Agradeço a mamãe
Em nome de Cristo
Jesus. Sei que ela já
Se foi, e não faz mais
Nada por mim
Nem eu sou capaz
De fazer algo por ela.
Ora, cuide com amor
Quem ainda tem mãe,
Não somente dê a flor
Neste admirável Dia,
Pois a flor se acaba
E o amor vai consigo.
Ora, só ame. Nada
Mais do amigo Poeta
Mário Querino,
Que não tem mais mãe
No vilarejo nordestino,
Nem neste Planeta
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde minha mãe deu
Sim, a mim à luz.
Então, graças a Deus.
Mário Querino – Poeta de
Deus
“Para possuir Deus plenamente
É preciso nada ter,
Porque, se o coração pertence
A Ele, não pode se voltar
Para outro.”
(São João da
Cruz)
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