Ora, há muito anos,
Eu escrevi um texto
Poético que relata
Fato que já mereço
Fruir atualmente.
Porque era ainda
Um jovem boêmio
E tinha visão linda
De um futuro bom,
A ponto de eu falar
Para uma menina
Que tentou gostar
Da minha pessoa
Aqui no Orbe Terra,
Sobretudo neste
Meu pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde a minha vida
Era complexa sim,
Antes de D. Marisa,
Porém, eu já tinha
Falado tudo isso
No ouvido da moça
Neste meu Distrito:
Quando nos chegar
A idade neste canto,
Vir-me-ão as rugas
E teus cabelos bancos.
Daí o tempo passava
E eu sempre dizia
Algo pras jovens que
Amar-me queriam.
Porém, parece que
Elas não acreditavam
No futuro que eu
Pra elas comentava.
Mas certo dia, tive
A sorte de conhecer
A adolescente que
Ama-me pra valer,
Não falei vantagem,
Nem prometi vida
Boa nem ostentação
Pra menina Marisa,
Contudo, ela me viu,
Vê-me e quer seguir
Os passos enquanto
Eu permanecer aqui.
Eu também já falei
Pra jovem à vontade:
Eu só serei feliz após
Os 35 anos de idade,
Mas não sei se será
Com vida na Terra,
Ou em lugar melhor
Que este pé de serra.
Mas eu com 21 anos,
A jovem só com 19
Anos, ela não creu
No que Deus pode
Fazer, quando quer
Abençoar um louco
Estático na Terra,
Onde vemos pouco
Recurso para o cara
Mudar sim, da água
Pro vinho. Por isso
As minhas palavras
Que entravam sim,
Nos ouvidos dessa
Menina não tinha
Uma visão concreta.
Por isso se tornaram
Abstratas e não reais,
A ponto de ela ficar
Nos ditames dos pais.
Isso não aconteceu
Com a adolescente
Marisa, que quando
Viu-me, já contente
Quis me dar amor,
Carinho, e ternura.
É claro, ela sofreu,
Mas foi a criatura
Que Deus deu visão
Para ver a minha
Pessoa como tudo
Na sua vida. Tinha
Apenas 15 anos sim,
Idade que Maria
Tinha quando amou
José, e com alegria
Recebeu o Espírito
De Deus para ficar
Grávida e ter o Filho
Que Deus quis dar
Para salvar o povo
Que vive no pecado.
Mesmo assim, não
É não, aceitado.
Ora, não prometi
Um paraíso não,
Mas disse que eu
Era um pobretão,
Por isso a Marisa
Apaixonou-se sim,
Pois o jovem que
Tintim por tintim
Oferece até o Céu,
Pra moça ao lado
Ficar, não é bom,
Isso é complicado.
Como tudo passou
E o nosso tempo
Já chegou, tenho
O contentamento
De viver no paraíso
Que construo feliz
Ao lado da Varoa
Que nunca quis
Exigir nada não.
Porque ela é quem
Sabe de mim aqui,
E mais ninguém.
Porque quando nós
Unimo-nos na Terra,
Mormente neste
Amado pé de serra,
Deixamos de ser
Dois, para sermos
Um. Por isso nós
Temos um só desejo:
Amar para sempre.
As rugas no rosto
E os cabelos brancos,
Mas indo com gosto,
Pela trilha de Deus,
Onde me leva a vida
Ao lado desta Varoa
Intitulada D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus
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