Ora, a vida nos traz
A profunda ilusão,
A ponto de a gente
Perder a satisfação
De dormir contente
E à vontade na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Taxado Bananeiras
Onde nasci cresci
E vivi muitos anos
Sem querer dormir
Só a fim de fazer
Algo mais na vida,
Sobretudo ao lado
Da Varoa, D. Marisa.
Então, só ia dormir
E me acordava
Com muita ilusão
Ainda madrugava.
Mas parei e refleti
Que eu não estava
Agindo como Deus
Já me determinava.
Porque entendi que,
Devo dormir bem
Durante a noite
E acalmar também
Durante o meu dia.
Pois tudo isso é sim,
Ilusão que a vida
Oferece para mim,
Mas não chegarei
A nenhum lugar,
Forçando o corpo,
Achando que dará
Tudo certo neste
Planeta Terra,
Principalmente
No bom pé de serra
Onde nasci, cresci
E fico com D. Marisa
Apaixonado por ela
E dando minha vida
A este mundo sim,
De ilusão sem visar
A perda de tempo
Que pra mim não dá
Nenhum resultado.
E entre tantas lutas,
Aflições e desamor,
A gente não desfruta
De tudo que almeja.
Então, o tempo vai
E eu aqui iludido
Por algo que não sai
Da mente e coração.
Mas parei e refleti
Que, nada adianta
Eu viver assim aqui
Neste vasto Planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras
Onde eu vivia louco
Sem querer dormir
Nenhum pouco,
Somente a fim de ter
A vida de sucesso,
Sobretudo poética,
Que tenho acesso
Às palavras bonitas,
Românticas e sim,
Apaixonadas e ternas
Que alegram a mim.
Contudo, eu estava
Vivendo iludido aqui,
Onde eu não preciso
Ficar sem dormir.
Pois já sei que tem
O tempo para tudo,
E não é diferente
Pra eu fazer estudo
E escrever poesias.
Então, agora, eu já
Durmo antes das 21
Horas e vou acordar
Somente após as 5
Horas. Ora, estou
Achando muito bom
E dando sim valor
O meu velho corpo.
Pois antes me iludi
Achando que eu
Chegaria onde eu vi
Somente em sonho.
Mas graças a Deus,
Que já me acordei
Para tirar do meu
Coração e da mente
Toda essa ilusão.
Ora, depois de velho
Tive essa boa visão.
Então, por mais que
Eu fizesse tudo aqui,
Nada me livraria não,
De um dia eu partir
Pra outra Dimensão,
Que nem eu e nem
Ninguém sabe como
É nem o que lá tem.
Por isso descobri
Que vivemos sim,
No Planeta Terra
Iludido até o fim.
Então, vou dormir
E me acalmar sim,
E deixar a vida fazer
Seu gosto até o fim.
Porque eu já deixei
De viver assim louco,
Louco por tudo, sem
Ter nenhum pouco.
Então, já chega sim,
De viver iludido.
Agora, quero dormir
O tempo permitido
Por Deus nosso Pai.
E o resto que siga
Seu devido destino,
Pois eu e D. Marisa
Já sofremos muito,
E não é mais justo
Querer ser algo mais
Entre este público
Que não está nem
Aí com a vida boa,
Que Jesus prometeu
Para as pessoas
Que seguem a trilha
Do Deus que pôde criar
Os céus, a terra
E tudo que neles há.
Ora, eu já dei sim,
Tudo que podia dá,
Agora, eu só quero
Dormir e apaziguar
Minha velha mente,
Pois tomando juízo
Tudo ocorrerá bem,
Entre o povo amigo.
Minha mãe, D. Dedé,
Dizia: “Toma juízo
Menino! Saia da aí.”
E eu ali já iludido,
Dava um dribla sim,
Em mãe, D. Dedé,
E saía desconfiando,
Mas somente até
Ela não voltasse não,
Pois quando ela saía
Eu voltava pra fazer
A mesma estripulia.
Mas hoje, parei pra
Pensar ou refletir,
E noto que somente
De ilusão eu vivi.
Por isso nada mais
Traz-me esse gosto
De viver como antes,
Deixei de ser louco,
Louco por tudo,
Sem ter nada na vida
Ao lado da Mulher
Titulada D. Marisa.
Agora sim, vou viver
A vida que Deus
Determinou para
Mim, contudo, eu
Achava que tudo
Eu poderia fazer
E ter nesta vida,
Ilusão no meu viver.
Mário Querino – Poeta de Deus
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