quinta-feira, 31 de outubro de 2019

BOA-NOITE PARA TODOS DA FACE DO PLANETA TERRA!

Poeta Mário Querino 



Hoje, já é quinta-feira
E estou feliz da vida
Na terra de Bananeiras,
Entre amigos e amigas.


Ora, alguém pode até
Falar: “Não sentes nada
No corpo que lida e é
Capaz de pedir até água


Já num copo por favor,
Pra tomar, a fim de não
Perder tempo no labor,
Durante a sua atuação?


Ora, isso não te deixa
Estressado na Terra?”
Falei: Não faço queixa
Do labor no pé de serra.


Pois tudo que eu faço
É de gosto do coração,
Quando estou fraco,
Eu confesso ao irmão


Que não aguento fazer,
Porém, posso indicar
Quem fará com prazer
E sim, sem explorar.


Certo dia uma senhora
Chegou em casa a fim
De eu passar horas
Fazendo trabalho sim


Na sua singela casa.
Ora, não havia tempo
E a vida era abarbada,
Até os pensamentos.


Indiquei o profissional
Famoso da região,
E ela pensou no “Real”
Que pagaria pela mão-


De-obra do Mestre.
Daí ela me perguntou:
“Quanto vale o labor?”
Eu indaguei: Comprou


Quanto de material?
A senhora respondeu:
“Comprei só o ideal,
X.” Claro, segundo eu,


A senhora pagará
R$ X. Se o artista
Cobrar mais, está
Fazendo coisa ilícita,


Querendo te explorar.
Então ofereça R$ X,
Não vá se precipitar
Seu almejo que diz:


“Não dar para fazer
Por esse preço.”
A senhora pode dizer:
“Claro, fazes bem-feito,


E dá para fazer sim,
Ó senhor, é melhor,
O trabalho não é ruim,
O senhor fará até só.”


Daí o tempo passou,
E certo dia encontrei
A senhora que falou:
“O trabalho já realizei


Dentro do seu valor,
Obrigada pela ajuda,
O Mestre que indicou
Lida bem sem dúvida.


Eu só dei R$ X a mais,
Por gostar do labor,
Ficou bom, ele faz
Tudo com fé e amor,


Pachorra e tolerância,
Eu pedia informação
Por ter ignorância,
Ele dava explicação,


Fazia o trabalho sim,
Com prazer e gosto.”
Eu comentei assim:
Não indico aos outros,


Profissionais que não
Ama o labor que faz,
Nem tiro de um irmão
Que ainda corre atrás


De Mestre para fazer
O trabalho seu.
Pois todos devem ter
Aqui no distrito meu,


Para ganhar o pão
E quem fizer melhor,
De fato, não fica não,
Sem labor ao redor.


Não desaprecio cargo,
Mas não seria melhor
Pouco do que parado?
Pare e pense um só


Minuto: “Se um Metre
Mora no Distrito pobre,
E o salário permanece
O mínimo, como pode


O Mestre ganhar mais?”
Então, não seria justo
Fazer o que lhe satisfaz
Pela metade do custo?


Porque mesmo que
Tivesse rios de dinheiro
(Como gostava de dizer
D. Dedé, de primeiro),


Jamais comeria o que
A barriga não suporta.
Não se vestiria sem ter
A estrutura disposta.


Não calçaria não,
Se os pés também
Não pisassem no chão,
Como na Terra tem


Muita gente que acha
Seu cargo importante,
Daí perde toda a graça
Para com o semelhante.


Mas no final da vida,
São esses excluídos,
Que limparão feridas
Das amigas e amigos,


Por perfilharem bem,
Que um dia fez parte
Da história também,
E ficou no descarte.


Porém, quem ama ver
O próximo como irmão,
Ainda ter feito sofrer,
Zela de alma e coração.


Mário Querino – Poeta de Deus   

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