Poeta Mário Querino 01/10/2019 |
Alguém perguntou assim:
“O que eu devo fazer
Pra não ficar tão viciado
Em coisa que a gente vê,
Ouve, cheira, fala e pega?”
Então eu respondi: Não vá
Por mim, mas eu ajo sim,
De uma maneira que dar
Pra evitar qualquer vício.
O que é que hoje eu faço
Pra não ficar tão viciado?
Ora, quando já me acho
Apegado em algo da Terra,
Eu mundo o meu destino,
E procuro fazer diferente.
E no cantinho nordestino
Tem de tudo pra oferecer,
É claro, eu começo a usar
Aquilo que me fará bem,
Quando a coisa quer pegar
O meu pé, vou deslizando
Como sabão numa tábua.
Assim, dizia a minha mãe
Quando na Terra morava.
Num certo final de Ano,
Chegou um parente meu,
E no dia do Aniversário
De Jesus, o Filho de Deus,
Fizemos uma coleta sim,
Pra obter carne e cerveja.
Daí fizemos a nossa festa,
Hoje, neste texto perceba
O quanto o Diabo queria
Me usar disfarçadamente.
Como gostei dessa festa,
A turma bolou contente,
Outra festa maior no final
Do Ano. Daí, me adiantei,
Com 2 caixas de cerveja,
E obviamente eu comprei
Com muita ledice e gosto.
Mas como ainda faltava
Muito tempo pra esse dia,
Eu vivia ansiado em casa.
E cada dia que se passava
O desejo aumentava mais.
Então, eu já não dormia
Nem comia, e se foi a paz.
Ora, 2 dias antes da festa,
Já estava descontrolado,
Provando daquela cerveja
E do porco bem assado,
Vendo o movimento sim
Na casa de meus sogros,
Antes de chegar esse dia,
E assim fiquei sem gozo
De viver minha vida sim.
Daí então, já na véspera
Eu tomei a boa decisão,
Não participar da festa.
Ora, todo mundo achou
Meu procedimento sim,
Muito estranho, pois eu
Quem estava mais a fim
Da festa do final de Ano.
Daí entrei no Escritório,
Li uns veículos numa boa
No Livro mais notório:
“Sujeitai-vos, portanto,
A Deus; mas resisti ao diabo,
E ele fugirá de vós.
Chegai-vos a Deus...” Sábio
É aquele que se controla
E discerne o bem do mal.
Cerveja e porco assado,
Saciaram aquele pessoal,
Na noite do final de Ano,
Porém, quando a aurora
Chegou ditosa para mim,
O pessoal botava pra fora
Tudo que comeu e bebeu,
Claro, de uma maneira
Podre e ainda fedorenta,
Que teve nojo Bananeiras.
Então, quando você achar
Que já está sendo pegado
Pelo pé, não deixe prender
O outro, saia escorregado,
Como o sabão sai ditoso
De uma tábua. Assim, não
Será um viciado na Terra,
E terá vida com satisfação.
Mário Querino – Poeta de Deus
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