Eu passei bem o final
Da semana e passo
O primeiro dia sim
Da atual neste espaço.
É claro, trabalhando
Com fé o dia inteiro,
Fazendo meu papel
De Artífice ou Pedreiro.
Então, fiquei pensativo
Ao ouvir bem na cidade,
Gente discursando
Com muita vivacidade.
Mas o que me chamou
A minha atenção,
Não foi tanto a zoada,
Mas o número de irmãos
Dentro dos templos,
Que não são poucos,
Agora que eu vejo isso,
O que me tira o gosto
De viver essa Cultura,
Que invadiu e cresce
Como se fosse inchaço.
Eu já vejo que merece
Fazer a boa reflexão.
Como sou um analista
De tudo que aparece
Diante das boas vistas.
Notei que um Pregador
Caseiro, mais ou menos
100 m longe do Templo,
Sempre não querendo
Ir anunciar Jesus Cristo,
Andando pela rua a pé,
Foi num carro de luxo,
Enquanto, irmãos na fé,
Tiveram sim que andar
Mais de 1 km a pé,
Para ouvi-lo falar,
Só o que ele mais quer,
Prosperidade, não alma
Para o Reino do Céu.
Então, alguém indagou:
“Não és mais cristão fiel?
Por que não foi à festa,
Ouvir a Palavra de Deus?”
Simplesmente objetei:
Ora, o transporte meu
É inadequado para ficar
No estacionamento.
Alguém indagou: “Por quê?”
Eu disse: Por ser jumento.
Mas alguém avançou
Com a sua ironia assim:
“O senhor é um Teólogo,
E tem condições ruins?”
Daí, dei uma gargalhada
E disse: É por isso amigo,
Que sou um cara pobre,
Porque tenho aprendido
Com o Dono dos céus,
Da terra e de tudo
Que neles há.
Se não tivesse estudo,
Eu estaria no Templo,
Ouvindo prosperidade,
Não achando que eu,
Teria sim nesta cidade.
Porque meu objetivo,
Não é interesse próprio,
E sim, comunitário.
E lá não é bom negócio
Para um cara assim,
Como até aqui, sou eu.
Não gosto de usufruir
Nada de amigos meus,
E sim, de compartilhar,
Para que todos sejam
Ditosos, como sou eu
Na terrinha sertaneja.
Então, meu transporte,
Somente dá para andar
Pelas trilhas da Grota,
Onde por amor fui buscar
A senhorita Maria José,
Para ser companheira
Neste bom pé de serra,
Intitulado Bananeiras.
Mário Querino – Poeta de Deus
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