Ontem, eu só me deitei
Depois das 23 horas,
É claro, tranquilo dormi
Um sono bom até agora
As 4 horas e 30 minutos.
Mas quando me acordei
Comecei a refletir bem
Em tudo que eu realizei
De 7 anos de idade até
Este momento na vida.
Certamente, descobri
Que amigos e amigas
Não existem mais não,
Muitos já foram morar
Em outros lugares sim,
Uns Deus veio buscar,
Muitos estão doentes,
Muitos já estão loucos
Como louco eu já fui,
Uns de pouco a pouco
Estão se matando sim,
Com as próprias mãos,
Outros são doutores
E não se lembram não,
Que um dia já fui sim
Um amigo de infância,
Outros são religiosos,
E veem a ignorância
Que hoje já tenho sim
Neste planeta Terra,
Por não querer viver
Iludido no pé de serra
Nem iludir a quem tem
Cultura de 1500 anos,
Ou até mais. Então, eu
Fico no recanto baiano
Completamente fora
De tudo o que a Terra
Nos oferece de ruim,
No meu pé de serra.
Agora, refletindo sim,
Vejo que tudo passou,
Está passando, e claro,
Ainda passará, e estou
Cônscio de tudo isso
No meu pé de serra.
Então agora, só resta
Pensar nesta Terra,
Que deu tudo de bom
E de ruim também.
Ao parar para refletir,
Vi que não fiz o bem
Pra encarar a 3ª idade
Com vigor nesta vida.
Então hoje me indago:
Cadê amigos e amigas
Dessa infância, ó cara?
Dessa adolescência
E da minha juventude?
Só hoje a mente pensa,
Antes queria carregar
Tudo, achando que era
Só meu este mundo,
E no meu pé de serra
Onde eu só queria ser,
Visando que o Planeta
Era só meu, hoje resta
Só loucura na cabeça,
Corpo já ficando velho,
Obviamente ferido,
Sem mais boa atenção
De amigas e amigos,
Já na espera de voltar
Novamente a ser pó.
Eu me indago de novo:
Por que não fui melhor
Durante toda essa vida
Que vivi entre parentes,
Amigos e amigas aqui?
Agora, a minha mente
Procura um refrigero,
Mas estou sem força,
Porém, procurei Igreja
Pra poder abrir a boca,
Dizer que fui miserável,
E já estou arrependido
De tudo que já cometi
Contra um viver amigo.
Ora, Deus perdoa sim,
Mas, meu velho corpo,
Não tem mais força,
O intelecto tem pouco
Espaço pra memorizar
Tantas coisa modernas
E boas também, claro,
Terei uma vida Eterna,
Mas me atirei na Terra,
Visando tudo ser meu.
Agora, já quero viver
E breve o Senhor Deus
Me chamará e todos
Ficarão chorando sim,
Claro, falando: “Cara,
O cara morre, e ruins
Seguem nesta Terra!”
A família quer dar vida
De todo jeito ao cara,
Pois é bem-sucedida.
Busca o melhor Doutor
Do país ou da Terra,
Para dar vida de novo
(Isso vi no pé de serra).
Quando a Ciência não
Obtém de novo o viver,
A família põe o Médico
Na Justiça, com o saber
Que morto não viverá
Mais neste Planeta,
Mas visa a indenização
Para ter dinheiro extra.
Pois são conscientes
Que o cara se estragou
Quando adolescente,
Jovem e quando ficou
Velho no planeta Terra.
Mas por já ser Pregador
Conceituado no mundo,
Acha que o corpo ficou
Também sem pecados.
Ora, a alma e o espírito
Puros são, mas o corpo
Segue cheio de bichos.
Não adianta eu caçar
Igreja só pra viver feliz,
Já visando não sofrer
Efeitos do que eu já fiz.
Hoje, dou graças a Deus
Por ter dado a loucura
Ao meu intelecto sim,
Durante essa vida dura
Duma pessoa se conter,
Sobretudo na idade sim,
Dos 15 anos até aos 25,
A melhor coisa em mim,
Foi realmente a loucura
Durante esse período
Em que minhas “amigas”
Se saíram e os “amigos”
Me tacharam de louco.
Hoje, graças ao Senhor,
Que aqui estou, e canto
Com Roberto, o Cantor:
“Vem, que o tempo
Pode afastar nós dois,
Não deixe tanta vida
Pra depois...”
Ora, se eu não fosse
Louco nesse tempo,
Talvez, já teria virado
Pó. A quem o talento
Poético que eu tenho,
O Senhor Deus daria?
Acha que eu era besta,
Pra morrer e D. Maria
Não ficar nenhum dia
Comigo? Ora, a loucura
Me afastou de gente,
Pra Deus me dá Ternura
De uma Mulher sábia,
Inteligente e amorosa,
Mais que a minha mãe,
Que foi bem cuidadosa,
Mas, apareceu Maria
Que superou tudo sim,
Que a minha mãe dava
E agradava bem a mim:
Amor, carinho, atenção
E tomar dela para si
Um sofrimento esterno.
Então, D. Maria é aqui
A Mulher que Deus fez
Para cuidar dum louco,
Que foi rejeitado sim,
Mas de pouco a pouco
Já passou de 31 anos
Zelando deste cara
Que não tinha cura,
Pois a Ciência declara
Que pra loucura não
Há tópico, e D. Maria
Por Fé, Amor e Espera,
De mãe tirou um dia,
O grande sofrimento
Que só após 53 anos,
Se torna numa Mulher
Feliz no Estado baiano.
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