Poeta Mário Querino 23/10/2019 |
Nunca diga que nunca,
E aceite isso ou aquilo.
Se não gostar de algo,
Fique frio e tranquilo,
Porque tudo é possível
Sobrevir nesta vida,
Para fazer bem ou mal
Aos amigos e amigas.
Ora, a palavra “nunca”,
Nunca deveria existir.
Pois todo mundo usa,
E ninguém vai cumprir
Nada, se nunca abrir
Mão de muitas coisas.
Então, nunca eu vou
Ser fiel, é ação doida,
Quando um amigo
Comenta com firmeza:
“Eu nunca farei isso
E aquilo.” Com certeza,
Com mais um tempo
E meio tempo, já faz,
Ainda sendo obrigado.
Porque tudo para o Pai
É possível acontecer
No planeta Terra,
E também no Céu,
Especial, o pé de serra.
Por exemplo: Um cara
Era muito ciumento,
E comentava à varoa:
‘Se em algum tempo
Encontrar um cara
Dentro deste quarto
Com você, ó querida,
Eu matarei, de fato. ”
E sua mulher falou:
“Bem, não é assim,
Aqui entra um cara
E sempre diz a mim:
‘Sabia que eu te amo,
E és tudo nesta vida,
A mais linda mulher
Entre minhas amigas?’
Obviamente, o esposo
Ficou triste e vermelho,
E começou a voltar sim.
A mulher pôs espelhos
No quarto, e um dia
Ficou calma na cama,
Ora, muito tranquila,
Ele chega e ela chama:
“Meu bem, faz favor”
Quando o seu marido
Entrou no quarto,
Ela disse: “Hoje te digo
Que o cara que está
No quarto meu e seu,
Eu amo, você aceita?”
Ele disse: “O cara sou eu!”
É claro, mulher sábia
Não ciuma do marido,
E sim, ama e usa
estratégia
Para vencer o Inimigo
Que tenta assolar o lar,
Conta em parábola
Uma história agradável,
Que deixa a sua casa
Repleta de confiança.
E para outro marido
Que era ciumento,
A varoa de pensar ativo,
Um dia contou assim:
“Um homem ciumento
Falou que outro cara
Em nenhum momento
Nunca entraria não,
No quarto de dormir
Com a sua mulher,
E se caso, ele ver ali,
Arrancaria a cabeça.
Mas a esposa disse:
‘Nunca fale mais isso,
Porque isso é tolice.
E para Deus é possível
Tudo no mundo haver.
A palavra “nunca” não,
Não deveria aqui ter.’
Obviamente o tempo
Passou, esse homem
Contratou um Pedreiro
De fama e bom nome,
Para reformar sua casa.
Daí o Pedreiro estava
No quarto lidando,
E seu marido ajudava.
Então ela chegou sim,
E disse o que escutou:
“Se caso, outro cara
Entrasse aqui, o senhor
Arrancaria a cabeça,
E por que ainda não
Arrancou?” O Pedreiro
Com a colher na mão,
Olhou para os dois
E depois disse: ‘Vou
Ali em casa.’ E se foi,
Até hoje não voltou.”
Ora, nunca use não,
A palavra “nunca” aqui.
Porque tudo muda
Num fechar e abrir
De olho. E o futuro
Não cabe ao homem
Saber nem fazer nada,
Ainda com bom nome.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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