Hoje, parei para refletir,
E descobrir o motivo
De um povo contribuir
Com ofertas e Dízimo,
E sempre condenando
A Morte, que não quer
Nada, e vive carregando
As pessoas de boa-fé
Para uma eternidade.
Contudo, essa gente
É quem usa a falsidade
E usará para sempre.
Hoje, refletindo bem
Pra descobrir o motivo
Da Morte que vem
De graça, sem Dízimo
E sem ofertas do povo.
Enquanto, quem visa
Sempre um viver novo,
Contribuir bem precisa
Com a décima parte
De sua renda mensal.
Ora, pare, veja e ache
Esse pensamento mau:
“Vou pagar um Plano
Funerário, pra enricar
Esse meu conterrâneo,
E depois ele mandar
Enterrar-me dentro
Dum luxuoso caixão?”
Não sei o pensamento
Do meu feliz coração,
Mas quem dá Dízimo
E oferta, está traindo
A Morte. Por que digo
Como um nordestino?
Pois pagam uma vida
Toda, Dízimo e ofertas,
Esperando no futuro
Vida melhor que esta.
Enquanto, a Morte não
Ganha nada, e a Dona
Vida há tudo nas mãos,
E quem leva de carona
Pra Dimensão Celeste,
É a Morte. Então, pago,
A quem tudo merece.
A Morte tem extirpado
O de nariz empinado,
O que se acha melhor,
Tem sempre tirado
O mau do nosso arredor,
Tira qualquer pessoa
De um sofrimento,
É claro, tudo numa boa
E com contentamento.
Então, é melhor pagar
Um Plano Funerário,
Que vai feliz sepultar...
Do que tirar do salário
A décima parte e levar
Para uma entidade
Que promete vida dar,
Contudo, na verdade,
É só o Plano Funerário
Quem vai nos conduzir
Sem a parte do salário
Que ganhamos aqui.
Faça uma prova disso:
Deixe de pagar o Plano,
Neste amado Distrito,
Meu cantinho baiano,
E continue dando sim
O Dízimo e as ofertas.
Quando chegar o fim
De quem lhe interessa
Preparar a sua viagem,
Espere a compaixão
Da parte da entidade
Que teve de suas mãos
Dízimos e ofertas altas.
Digo a todos da Terra,
Que a família terá falta
De tudo no pé de serra.
E certamente, partirão
Às portas de amigos,
Pra pedirem o caixão,
E a Morte, sem Dizimo
Nem ofertas levar sim
Numa boa para a vida,
Que tintim por tintim,
Os amigos e amigas
Ouviram Jesus afirmar.
Igreja não leva fulano,
Beltrano e sicrano... Dá
Para saber que o Plano,
Ainda recebendo sim
Uma taxinha para ter
A condição para mim
Preparar ao morrer,
Traz mais prazer aqui
Do que o investimento
Visando a vida porvir,
E chegando seu tempo
De Jesus falar assim:
“Eu não te conheço...”
Daí então achará ruim,
E dirá: “Paguei o preço
Altíssimo visando à vida,
E criticando a Morte,
Com os amigos e amigas,
Ora, me achando forte...
Mas não aprendi que,
Para conseguir a vida,
Era necessário morrer,
E entre amigos e amigas
Só pensava nessa vida,
Dava até a décima parte
Da renda adquirida,
E achava um destaque.
Deixei até o meu Plano,
Pelo Dízimo e ofertas,
E estou sim escutando
Umas palavras dessas
Do Senhor Jesus Cristo:
‘Eu não te conheço...’
Voltar para o Distrito,
Não tenho o endereço,
E agora, o que eu vou
Fazer? Cri na entidade,
Aliás, no seu Pregador,
Passei até necessidade
Para ser fiel a entidade
Que me exigia Dízimo,
Ofertas e a fidelidade,
E agora, estou perdido...”
Mário Querino – Poeta de Deus
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