Hoje, bem cedo ouvi
Uma rã rapar panela,
E a minha mãe dizia
Que viria chuva, se ela
Rapasse panela assim,
Em lugar escondido.
Lembrei de mãe,
Quando os ouvidos
Ouviram: “Rá, rá, rá...”
Pois quando a rã fazia
Assim, na certa, chuva
No pé de serra caía.
Contudo, isso é coisa
Dos antepassados.
Não cito como Profeta,
E sim, Poeta inspirado
Por Musa inteligente
E também sabida.
Então, hoje, ouvi bem
A rã contente da vida,
Aqui em Bananeiras,
Meu bom pé serra
Onde nasci e vivo
Feliz no planeta Terra.
Não estou dizendo
Que vai chover logo,
Senão, o povo dirá:
“Leva ele ao Psicólogo,
E ainda ao Psiquiatra.”
É claro, eu já vou sem
Ninguém me levar,
Pois o Saber eles têm.
E onde há Sabedoria,
Inteligência e Amor
Entre os profissionais
Que com Fé e Vigor
Trabalham sem visar
O interesse próprio
E sem ter a Preguiça,
Há um bom negócio.
Não faz bem tomar
A vaga e não querer
Fazer algo em prol
Dos que visam viver
Bem e querem ver
Amigos e amigas
Neste planeta Terra,
Sendo felizes da vida.
Ora, onde eu chegar
E tiver preguiçoso
Ou chegar algum,
Não estranhe, gozo
A Preguiça não terá.
A minha Fé e o Amor,
Certamente, mandam
Em nome do Senhor,
Para outro recinto,
Onde há cama quente.
Quem tem Sabedoria
E é sim inteligente,
Não perderá tempo.
Não carecendo ganhar
Algo em troca da ação,
Faz grátis para ajudar
O seu coração sábio
E a mente inteligente.
Se a rã rapou panela,
Virá chuva pra gente.
Não digo como Profeta,
E sim, estou falando
O que mãe falou
Neste cantinho baiano,
O que ouviu dos pais,
Que ouviram dos avós:
“Se a rã rapar panela,
Virá chuva para nós.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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