Poeta Mário Querino 05/10/2019 |
Numa cidade do interior
Havia um Comerciante
Que caçoava dum tolo,
E o tolo era importante
Nessa cidadezinha, pois
Ele sempre fazia versos.
Certo dia, o tolo foi sim
Comprar no Comércio
Umas coisas essenciais.
Então o Comerciante
Satirizou de sua cara,
E faceto como antes.
Então o Comerciante
Quis uma Propaganda
Para o seu Comércio,
Pois passava a semana
Com poucas visitas lá.
Daí o tolo já inspirado,
Pediu ao Comerciante
Para ele abaixar algo
Que tinha na prateleira,
Pra tudo embaixo ficar.
Então, o arroz, o açúcar,
O feijão, o café, o fubá,
O óleo, o leite, a farinha
E mais das prateleiras.
É claro, o Comerciante
Passou a tarde inteira
Descendo a mercadoria
Para a parte mais baixa
Das prateleiras, e ditoso
Por receber de graça
Uma boa Propaganda
Da criatividade do tolo.
Daí o tolo redigiu para
O Comerciante e todos,
Poeticamente assim:
“Vá visitar o Comércio
De fulano de tal, pois
Agora, eu já confesso
Que tudo já está mais
Baixo que a metade
De sua altura, porque
Fulano passou a tarde
Abaixando tudo, agora
Tudo está mais baixo.”
Como em tudo o povo
Se ilude, sendo barato,
O Mercado ficou cheio
De pechinchardores sim,
Que foram comprar
Algo tão barato assim.
Mas ao chegar no Caixa,
O povo começou a dizer:
“Que Propaganda é essa,
Que fez a gente perder
Tanto tempo para vir
Comprar algo mais baixo
Que a metade da altura,
E parece que é mais alto?”
O Comerciante ficou sim
Envergonhado sem ter
Nada para ele contrapor
Ao povo que foi fazer
Alguma compra feliz.
Quando tudo passou
E o povo fez resenha,
O Comerciante chamou
O tolo para lhe explicar,
E ele entender tudo isso
Que o tolo escreveu.
Então, vejo no Distrito,
Muitas propagandas sim,
Em todas as áreas desta
Vida que temos na Terra,
Contudo o amigo Poeta
Vive como gato que caiu
Na água quente, e agora
Anda com muito medo
Da água fria. Nesta hora,
Quase 22 horas do dia
De sábado, redigindo
Estou, porque é melhor
Para o Mário Querino,
Do que estar perdendo
Tempo tentando iludir
O povo com Propaganda
Do que não existe aqui.
Ora, nunca zombe não,
Dum tolo, pois ele tem
O mesmo direito de criar
Coisas boas também.
Mário Querino – Poeta de Deus
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