Poeta Mário Querino 03/10/2019 |
Ora, alguém comentou:
“Há 40 anos os filhos
Eram obedientes sim
Aos pais e no seu trilho
Andavam respeitando
As pessoas mais velhas,
E só bastava um olhar
De uma pessoa séria,
Para então uma criança
Deixar de fazer algo.
Assim, a mãe ensinava
A rezar ao Pai amado,
Na Escola a Professora
Auferia uma palmatória,
A mãe dizia: “Lá a mãe
Sou eu, aqui é a senhora.”
Claro, não deixava de ter
Alguns meninos espertos,
Mas a Professora tinha
Essa autoridade, é certo,
Ela visitava sim seus pais
E contava tudo, sem ira,
Para que essa criança
Voltasse mais tranquila.
A Professora ensinava
Crianças e adolescentes
A rezar a Deus na Escola,
Ora, todos eram crentes
Num só Deus e Senhor,
Não tinha tantos meios
De nos levar a Deus Pai,
E tudo era sim diferente.
A Escola não tinha Diretor,
Coordenador e Secretário.
Só tinha Professoras leigas,
Na Escola do Poeta Mário,
Até aos 12 anos de idade.”
Ora, aprendi com Eunice,
Mariene, Biló, Ronilda,
Hilda e também Cleonice.
Somente Ronilda e Hilda
Tinham o Magistério,
Mas eu já chegava aos 14
Anos de idade. Era sério
O Aprendizado de antes,
As professoras tinham sim
Uma vara com 2 m para
Tocar na cabeça, em mim,
Muitas vezes tocavam,
Pois toda uma vida fui,
Meio-louco e sempre
Fazia estripulia. Isso flui
Na minha mente agora.
Ora, se elas fossem boas
E não tivessem Amor
Para ensinar as pessoas
Do meu tempo infantil,
De fato, era mais louco,
Não seria gente na terra,
Era um cão entre tocos.
Se com toda essa dureza,
Eu fiz tantas loucuras,
Imagina, se tivesse sim
Essa presente Cultura!
Agora, já vejo que aqui
Neste planeta Terra:
Quanto mais religiões
E títulos no pé de serra,
Mas violento está sim
O meu amado Distrito,
Mais sem bom siso está
O povo deste Município
E também do Planeta.
Então, hoje, eu já vejo
Que, mudar de religião,
Não descobre o segredo
Para vivermos na Terra
Fruindo da Paz e Amor,
Da Justiça e de bom siso,
Ter zelo e se dar valor.
Eu vejo com o olhar nu,
Que o meu intelecto é
Realmente muito louco,
Mas eu consigo pela Fé
Superar toda a loucura
Que meus conterrâneos
Usam como Sabedoria
Neste cantinho baiano.
Sabe por que acontece
Tudo isso no Planeta?
Falta de bom exemplo
De quem usa a caneta
Para criar essas normas,
De direitos sem deveres,
Para julgar com 2 pesos
E 2 mediadas, estes seres
Humanos que nunca terão
Nesta vida da Terra,
Bom senso, sem correção,
Sobretudo no pé de serra.
Como meus filhos e neto,
Tendo oportunidade sim,
De praticarem o mal,
E não fazem? É por mim?
Eu não controlo ninguém,
Acho que foi e é exemplo
Que sempre eu dou aqui,
O povo vê, e eu penso
Que é a melhor forma
De termos um lar feliz.
Mas como o mundo vê,
Quem usa caneta no País
Para criar as leis e
julgar
O povo, é pior que nós
Da roça... Então, agora,
É tarde pra erguer a voz.
E quem quiser uma vida
De Paz, Amor, Justiça
E mais Segurança,
Faça a sua boa Política
Dentro de seu singelo
Lar, e pelo que eu vejo,
Ninguém vai mais não,
Conter cultos e sertanejos.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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