Ora, por não conhecer
As normas de um país,
A gente até comete
Falha que deixa infeliz
A alma e o espírito,
Porém, quando chega
O bom conhecimento
Logo a gente almeja
Pedir o devido perdão.
Ora, muitas vezes é
Tarde para o Homem
Que fazer justiça quer.
Todavia, mesmo assim,
Deus perdoa a gente
Que comete tal falha,
Contudo, descontentes
Ficam a alma e espírito,
Por que quem erra
Perante a Deus terá
Perdão, mas na Terra
Os homens não vão
Perdoar. Por isso faz
Sentido a gente viver
Aqui sempre na paz,
Procurando amizade,
Saindo de todo tipo
De mal que aparenta
Ser agradável, bonito
E atraente aos olhos,
E é pelos olhos sim,
Que a gente comete
Pecados e deixa ruim
O coração a alma
E o espírito também.
Pois a minha mãe
Dizia muito bem:
“O que os olhos não
Veem, não deseja
O coração.” É bom
Que você já proteja
Os seus olhos para
Não enxergar algo
Que não lhe faz bem
E lhe deixa lascado.
Quando eu era moço,
Não deixei de fazer
As minhas besteiras,
Mas agora, vou dizer:
Se eu tivesse visão
Como tenho agora,
Eu seria um santinho
Perante as senhoras
E os senhores sim.
Pois agora, eu já sei
Para quem serve
As nossas boas leis,
Obviamente, para
Quem vive praticando
Algo contra o povo.
Se no canto baiano
Eu não prejudicar
Ninguém, ninguém
Me levará à Justiça
Nem irei também
Por conta própria.
Então, nos faz bem
Viver neste mundo
Sem ferir ninguém.
Ora, alguém pode
Perguntar: “Mas
Quem consegue ter
Uma vida só de paz,
Amor e gratidão sem
Nunca ferir o irmão?
Ora, aí já entra sim,
O nosso bom perdão
Antes de praticar
Algo que pode trazer
Danos para a gente.
Alguém veio dizer
Que você é isso ou
Aquilo. Pare e note
Se essas palavras
Vão lhe tirar a sorte
Que você tem aqui
Dada pelo Senhor
Deus. A minha mãe
Isso já me falou:
“Praga de urubu
Magro, não pega
Em cavalo gordo.”
Então, se sossega
No teu bom canto,
Que não vão mexer
Contigo, a fim de tirar
A tua paz e prazer.
Às vezes você entra
Num Grupo achando
Que todos são santos,
Mas você notando
O movimento, já fica
Sim, ali estranhando.
Pega o teu banquinho
E vai se mandando.
O que você vai fazer?
Não há coisa melhor
Do que você se sair,
E procurar ficar só.
A solidão dói, é claro,
Dói muito na alma
No espírito e coração,
Mas viver na calma
É a melhor coisa que
A gente pode ter
Nesta vida terrestre,
Pois a gente viver
Num Grupo que só
Procura puxar nosso
Tapete, para mim
Não é bom negócio.
Quem quiser ser um
Santo pra ir pro Céu,
Que seja. Eu não sou
Contra, tiro o chapéu
Pra essa pessoa sim,
Por ter expectativa
De um bom Paraíso
E de uma eterna vida.
Mas sobre mim, não
Se preocupe comigo,
Sou eu quem devo
Fazer o meu Paraíso
Para nele passar sim
A minha eternidade,
Enquanto você está
Sim, nas festividades
Eu fico dando o duro
Construindo na Terra
O paraíso, sobretudo
No meu pé de serra
Titulado Bananeiras
Onde eu nasci, cresci
E muito nesta vida
Feito burro eu sofri.
Agora, hoje em dia,
Quem não sabe
O que é contra a Lei?
Acha que isso cabe
A um Pregador, fazer
Algo errado como faz:
Adulterar e roubar
De forma que traz
Esse tal ocultismo
Achando que não
Vai acontecer nada
Entre os seus irmãos.
Ora, uma criança já
Sabe o que faz mal,
O que dói na alma
No espírito, calma!
Vou dar um exemplo
Para quem acha
Que a criança não
Sabe que dói. Dê faca
Pra ela e mande ela
Cortar o dedo seu,
Obviamente ela corta,
Mas nela não doeu.
Após mande-a cortar
O dedo dela, e ouça
O que ela vai dizer:
“Papai, eu sou louca?”
Quando um velho
Pastor adultera, furta
E se acha inocente,
Deus lhe escuta,
Mas os homens não.
Porque já praticou
Consciente o crime,
Por ser conhecedor
Dos mandamentos
De Deus e das leis
Do país, então vai
Pagar pelo que fez.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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