Ora, alguém perguntou:
“O tempo passa ligeiro?”
Ora, para mim passou,
Porque o tempo inteiro
Procuro sim, um tempo
Para fazer algo mais,
E enquanto eu penso
Em fazer, fico para trás,
Mesmo eu correndo
Dando com a mão,
Eu não estou vendo
O tempo dar atenção
Para mim neste Orbe
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Querido pé de serra
Onde eu sempre vivi
Procurando tempo,
Para estudar aqui
Com o pensamento
Já no bom trabalho
Que eu deveria fazer,
Mas só me atrapalho
Por querer correr
Atrás desse tempo,
E o tempo não dá
Tempo, e eu penso
No tempo parar.
E este pobre Poeta
Só anda acelerado,
Pra encontrar aberta
A porta. Ora, cansado
De caçar a felicidade,
Mas quanto mais
Eu acelero a idade
Puxa-me para trás.
Por isso meu tempo
Não passa, e sim, voa,
Como o pensamento
Na cabeça da pessoa
Que já está voando
Num famoso avião
Longe dos baianos,
Visando a Dimensão
Que mais sonhou.
Então, meu tempo
Depressa já passou,
Como passa o vento.
Então, mesmo idoso,
Eu não posso parar,
Pois entre o povo
Ainda devo trabalhar
Para completar sim,
O tempo que perdi,
Por achar algo ruim
E nele não persistir.
Por isso devo fazer
Tudo que não fiz,
Só por não querer.
Hoje o coração diz:
“Agora, você tem
Que se virar nos 30,
Faça tudo também
O que a alma sinta
Vontade de fazer.
Para nunca mais
Tempo você perder.
Não é não, capaz?
Se vire, ó cabra véi.
Você já teve tempo
E perdeu. Ora, sério,
Use o pensamento,
Para poder concluir
A sua boa obra,
Que hoje, tudo aqui
Ficará ao ir embora.”
Ora, o que eu fazer?
É erguer a cabeça,
E tentar sim, vencer
Tudo neste Planeta
Intitulado Terra,
Até eu aguentar sim,
Após no pé de serra,
Ver o esperado fim.
Mário Querino – Poeta de Deus
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