Ora, num lugar havia
Dois amigos de fé,
Amigos e camaradas
Para o que der e vier.
Mas por um motivo,
Um dos amigos falou
Pro outro a verdade,
Mas, ele não gostou.
Daí então, para o seu
Amigo rebateu assim:
“O Deus que eu sirvo
Aqui com fé, pra mim,
Ele não deixará faltar
Nada. Então, eu não
Preciso de você, cara,
Eu já tenho condição
Para ter tudo que eu
Mais precisar aqui
No Planeta Terra
Onde nasci e cresci.”
Daí o outro amigo
Tranquilo redarguiu:
“Tudo bem, ó amigo.”
Olhou pro Céu e riu
Já contente da vida
Que comentou sim:
“Ora, um pobre cara
Ia tintim por tintim
Seguindo sua trilha,
Sem maldade não.
Daí vinha um carro
Na sua boa direção,
Era o Fulano de Tal.
O cara deu a mão,
O motorista só fez:
‘Pom, pom’. E não
Parou. Lá na frente
O cara avistou sim,
Esse carro parado
Em situação ruim.
O cara se achegou
E lhe ofereceu sim,
Uma boa ajuda,
E tintim por tintim
Consertou o carro.
Daí o Fulano de Tal
Falou: ‘Aonde vais?’
O cara que foi legal
Para com seu amigo,
Que falou que não
Precisaria dele, disse:
‘Visitar meu irmão.’
Daí o Fulano de Tal,
Ofereceu carona até
A casa dele. E o cara
Disse: ‘Não, irei a pé’!”
Então, dá a entender,
Que eu sempre vou
Precisar das pessoas,
E se hoje não estou
Precisando, graças
Ao Senhor Deus,
Outro dia precisarei
Sim, do amigo meu.
Ainda que eu tenha
Tudo nesta vida,
A precisão será sim,
Por mim recebida.
Como uma abelha
Precisa de uma flor,
Precisarei de alguém,
Seja lá para o que for.
A palavra “nunca”
Nunca deve ser não,
Usada aqui na Terra
Entre meus irmãos.
Já falei sim, muitas
Vezes essa palavra,
Por falta de saber
Que é coisa acabada,
Coisa que não pode
Não, regressar mais,
Coisa já determinada,
Coisa que é incapaz
De existir no Orbe
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra.
Então, enquanto
Houver esperança,
Vamos precisar
Na Terra, de criança,
Adolescente, jovem
Adulto e de velho.
Então, dizer “nunca”
No Orbe, não quero.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário