Entre as loucuras
Eu tenho intuído
Que o ser humano
Se acha evoluído.
Por isso já faz sim
O seu corpo ficar
Como uma casa
Que carece mudar
Parede, telhado,
Piso e tudo mais,
Até o seu modelo
Deixando pra trás
A estrutura velha,
Que no porvir vão
Querer relembrar,
E não há mais não,
Como voltar a ser
Como era antes.
Agora, eu inquiro:
O corpo elegante
Que Deus fez sim,
Semelhante do Pó
E o outro da costela,
E já acham melhor
Fazer a mudança?
Então, ficam sim,
Insatisfeitos aqui
E tintim por tintim
Já estão querendo
Mudar o seu corpo
Para chamar sim
Atenção de outros.
Daí colocam isso
E aquilo para ser
Maior e atrair sim,
Quem tem prazer,
E não, amor pela
Vida das pessoas.
Porém, não sabem
Que é coisa à-toa.
Por que o tempo
Passa e tudo será
Revisado na boa,
Quem quis tirar,
Vai ficar com falta,
Quem aumentou,
Será obrigado tirar
Até o que o Senhor
Pôs desde quando
Fez no Orbe Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu
Onde fica o Distrito
De Bananeiras,
Lugar onde dedico
A minha vida como
Deus criou para ter
O prazer como sou,
O negócio de obter
Mudança no corpo,
Certamente é para
Manter essa ilusão.
Como sou um cara
Que preserva a vida
Neste velho corpo,
Prefiro manter sim,
Com ledice e gosto
Todos os órgãos sim,
Que seja pequeno
Ou que seja grande.
Ora, já entendendo
Que tudo que Deus
Fez, faz e fará, não
Podemos aumentar
Nem diminuir. São
Coisas naturais sim.
O que a gente tirar,
No futuro isso vai
Sim no corpo faltar,
Mas se aumentar
Será apenas resto.
Então, bom é ficar
Com o que é certo,
Feito sim, pela mão
De Deus. Mas se já
Quer deixar grande
Deus não vai achar
Ruim, mas espera
Seu tempo passar
E você frustrado
No ambiente ficar.
Então, não adianta
Mudar o corpo não,
Pois o que Deus fez
Deve ter precaução
E não uma redução
Ou aumento feito
Por vaidade ou por
Não viver satisfeito.
Então, eu vivo aqui
E me aceito como
Eu sou nesta terra,
Não como dono.
Você pode inquirir:
“E D. Marisa, aceita
Como você é aqui?”
Se ficar insatisfeita,
Ela tem todo direto
De procurar o cara
Que seja perfeito,
Que não é coisa rara
No tempo moderno.
Porque tenho sim
Amor, não é forçado
Mantê-la até o fim.
Ora, me apresento
Diante de D. Marisa
Um cara puro sim,
Sem ter nesta vida
Essa maquiagem
Que até demasia
O prazer da pessoa,
Mas chegarão dias
Que a frustração
Deixa cabisbaixo.
Porque a natureza
Perde o seu espaço.
Mário Querino – Poeta de Deus



