Ora, D. Marisa tinha
Desejo de obter ralo
Para ela ralar aipim,
E neste S. João, claro,
Precisou fazer bolo
De aipim para o neto
Que feliz lhe pediu.
E D. Marisa, já perto
Da casa de sua irmã
Lucinha, aproveitou
O seu bom tempo,
E foi lá. Daí ela ralou
Raízes de aipim para
Fazer o bolo do neto
Que tinha lhe pedido.
E com bom sucesso
D. Marisa fez o bolo
De aipim e assou
No fogão à lenha,
Obviamente, ficou
Uma delícia. O neto
Muito agradeceu
Pelo labor da vovó
E pela graça de Deus.
É óbvio, D. Marisa
Confiou em mim
E me mandou fazer
O ralo pra ralar aipim.
Daí então, pensei,
Pensei e pensei sim:
Como fazer um ralo,
Pra ela ralar aipim?
Só pensei: Meu Deus,
Amplia a inteligência
E me dê sabedoria
Para eu com ciência
Fazer esse ralo sim.
Para a D. Marisa
Ralar raiz de aipim
Contente da vida.
Daí então, comecei
A fazer, D. Marisa
Pegou a falar assim,
Ao notar minha lida:
“Não é assim não.”
Porém, eu respondi:
Eu farei diferente
Sim, este ralo para ti.
Quando eu terminei,
Entreguei a D. Marisa
O mais esperado ralo,
Ela ficou feliz da vida.
Agora, ela vai ralar
Seu aipim em casa,
Porque já tem o ralo
Que ela mais almejava.
Mário Querino – Poeta de Deus


















