Não sou a favor não,
De privar a liberdade
De ninguém aqui,
Mas por necessidade,
Muitos precisam sim,
Viver sempre presos
Para evitarem o ruim
E deixarem no sossego
As outras pessoas sim.
Pelo meu bom gosto
De viver assim livre,
Queria que os outros
Vivessem sim libertos,
Infelizmente, atuam
De forma fora do sério
Nas praças e nas ruas.
E por causa dos atos,
Permanecem detidos,
Obviamente, eu acho
Que só tira o sentido
De viver no Planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Onde eu nasci, cresci
Para viver livremente,
Contudo, eu já fiquei
Preso e loucamente
Por um intenso surto
Que me apareceu
Por meio duma ilusão
Que surgiu em meu
Afetivo coração sim,
Por ele não saber
Discernir não, o amor
De o inventivo querer.
O preço que eu paguei
Foi sim, muito alto,
Que até hoje em dia,
Ainda paro e abaixo
Sim a minha cabeça
E fico só pensando:
Por que isso me veio
No cantinho baiano,
A ponto de eu fugir
Sem ter uma direção,
E quando dei fé sim,
Já estava sem noção,
E longínquo da minha
Terra, sem nada saber?
Mas Deus notando
E me seguindo pra ver
Até aonde eu chegaria,
Disse sim: “Basta, cara,
Você agora está à-toa,
Contudo, agora, para
Um pouco e raciocina
Voltando ao passado,
Após vá feliz e alegre
À casa do Sr. Everaldo,
Você entre como um
Cachorro ao achar
Uma porta aberta.”
Daí eu fui, ao chegar
Achei a porta aberta
E entrei numa boa,
Sujo, descalço e louco,
Contudo, a pessoa
Que me acolheu sem
Esperar foi D. Elenita
Esposa do Sr. Everaldo.
Ora, minha alma fica
Falando: “Como a casa
Estava de porta aberta
Neste dia em que eu
Cheguei?” Ora, na certa,
Deus já tinha tocado
Na alma de D. Elenita
Pra ela deixar a porta
Aberta. Pois lá não fica
Porta aberta assim,
Sempre é trancada,
Mas neste bom dia
Estava arreganhada,
A ponto de eu pensar:
Porta aberta cachorro
Entra. Logo eu entrei
E D. Elenita com choro
Me recebeu, pois viu
A minha vil situação:
Sujo, barba crescida
E com pés no chão,
Quer dizer, descalços.
Então o que já passei,
Sem ressentimento
Eu relato para vocês
Que acham que eu
Sempre tive vida boa
A me ver neste lugar
Aonde as pessoas
Já afirmam que é sim
Um lindo paraíso.
Ora, a D. Marisa fez
Sim, isso para comigo:
Me aceitou numa boa,
Encarou zombaria
De gente que agora
Já me vê com alegria,
Paz, amor, gratidão
E contentamento sim.
Por isso eu trabalho
Tintim por tintim
Para eu dar o melhor
Durante esta vida
Ao meu grande amor
Intitulado D. Marisa.
Então, não sou não,
Contra a liberdade,
E eu queria ver todos
Com esta felicidade.
Mas infelizmente, eu
Não posso ver não,
Por que, ó Querino?
Porque existe prisão
Por uma necessidade,
Para termos a Justiça.
Por isso meu coração
Partido de dor fica
Quando eu vejo sim,
A Polícia prendendo
Gente, que deveria
Estar sempre vivendo
Com paz, amor e livre
Como um pássaro sim.
Por que sofro a sua dor?
Porque já doeu em mim.
Mário Querino – Poeta de
Deus
“Ainda que u andasse pelo
vale da sombra da morte,
não temeria mal algum,
porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado
me consolam.”
Salmo 23,4

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