Ora, o tempo da gente
Vai passando a cada
Dia que chega sim,
Sem podermos nada
Fazer contra a velhice.
É claro, tem gente
Que procura um jeito
Para viver sempre
Como pessoas novas,
Mas o que Deus faz
Ninguém modifica,
Pode até fazer mais
E mais polimentos
No corpo, mas terá
A mesma estrutura,
Pois a velhice está...
Portanto, eu penso
Que me vejo melhor
Aceitando a velhice
Do que eu ficar só
Polindo meu corpo,
Tentando sair sim,
Do preconceito. Pois
A velhice para mim
É uma grande honra.
Caso, não quisesse
Ser velho morreria
Novo. Mas esquece
A minha juventude,
Veja-me como idoso,
Por que eu me sinto
Sim, um velho ditoso.
Mas quem não quiser
Aceitar a sua velhice,
Procure ser jovem,
Eu não ficarei triste
Vendo você jovem,
Mesmo com 80 anos
De idade, sobretudo
No cantinho baiano.
Como sou um louco,
Eu aceito a velhice
Que chegou à vida
Com prazer e ledice.
Eu seria uma pessoa
Parva, caso quisesse
Ser um jovem, já com
62 anos. Ora, esquece
Esta minha ideologia,
E faça a sua vontade,
Pois eu sendo velho
E amigo da felicidade,
Felicidade que antes
Não tive nesta Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras
Onde nasci, cresci,
E já estou velho sim,
E não tive não, aqui
Tanta alegria assim,
Como tenho na vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Ora, quer ser jovem?
Seja, não sou contra.
Mas este cara que
Escreve se encontra
Com o regozijo sim,
E com a boa velhice.
Por isso sou um velho
Alegre, e não triste.
E quando alguém diz
Que eu estou velho,
Eu dou um sorriso
E sempre eu espero
Ficar bem mais velho,
Pois a vida é assim.
Não quer a velhice?
Que vá antes de mim.
Por que eu amo sim,
Meu Planeta Terra,
Mormente o meu
Querido pé de serra
Onde ouço pássaros
Cantando todo dia
E fico com a D. Marisa
Na Chácara Santa Maria.
Acha que vou deixar
De ser um velhinho
Para ser morto novo?
Deixe-me sozinho
Já sendo velho aqui.
Pois é melhor aceitar
Minha velhice na boa
Do que sempre ficar
Polindo-me tentando
Camuflar os 62 anos
Que já tenho na vida
No cantinho baiano.
Mário Querino – Poeta de Deus
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