Às vezes é compelido
Voltar ao passado,
Mas por onde passei
Agradeço ao amado
Deus que fez os céus,
A terra e tudo que há
Neles. É só voltando
Ao passado que dá
Para intuir de onde
Eu vim e onde estou.
Certamente, agora,
Proferir tudo eu vou
Tintim por tintim:
Meu Deus, eu passei
Por este lugar? Deus,
Como eu já cheguei
E como desse poço
Saí, com tanta lama?
E se eu fosse parar
E refletir, a semana
Seria pouco, é claro,
Ficaria sem nada
Fazer, só pensando
Nas coisas erradas
Que eu já pratiquei
Por falta de noção.
Por isso Paulo disse:
“Esquecendo-me
Das coisas que para
Trás ficam e avançando
Para as que diante
De mim estão.” Dando
Ouvidos a esta palavra,
Fico mais animado,
Porém, ainda sou sim,
Apegado no passado.
Porque minha dor foi
Tão forte, que eu não
Devo esquecer, para
Não cair em tentação,
E fazer tudo de novo
Feito um sem noção.
Então o meu passado
Ainda fica no coração.
Todavia, não carrego
Não, ressentimento,
Esse mal não vem
Ao meu pensamento.
Ora, por não olvidar,
Não quero dizer aqui,
Que eu ainda tenho
Dores pelo que sofri,
Sobretudo em S. Paulo
Onde fiquei iludido
E paguei o alto preço
Num tempo perdido.
Tempo que não volta
Nunca mais não,
Nem quero que volte
Nem como recordação.
E Deus disse através
Do Profeta Isaías,
Uma coisa que eu
Ouvir aqui já queria:
“Não deveis ficar
Lembrando as coisas
De outrora nem é
Preciso ter saudades
Das coisas do passado.
Eis que estou fazendo
Coisas novas.” Ora,
Na madrugada, lendo
Tudo isso já me veio
Um conforto sim,
A ponto do espírito
Tintim por tintim
Deixar a minha vida
Com mais alegria
Ao lado de D. Marisa
Na Chácara Santa Maria,
Onde às vezes volto
Atrás sem eu querer
Voltar, mas não sou
Capaz não, para dizer
A este terno coração:
Esquece de tudo isso,
Pois o morrer é lucro
E o viver é Jesus Cristo.
Por que eu não digo?
Porque ainda eu sou
Obrigado cumprir
A Missão que o Senhor
Me determina aqui
No Planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E fico o tempo inteiro
Com D. Marisa aqui,
Mulher que veio sim
Da Fazenda Riachão,
Para cuidar de mim
E auferir meu coração.
Mário Querino – Poeta de
Deus

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