A gente fala de amor,
Mas por mais que seja
Puro e forte continuar
Até o fim não deseja.
Como assim, Querino?
Eu falei pra D. Marisa:
Vou sim me embora.
Ela ficou triste da vida,
E depois me inquiriu:
“Para onde você vai?”
Daí sério eu respondi
O que saiu e ainda sai
Do fundo do coração:
Você nem imagina,
Agora, para onde irei!
Então, ela disse ainda:
“Diz-me, que também
Eu irei.” Tirei o Chapéu
E respondi bem sério:
Eu vou morar no Céu.
Daí D. Marisa saiu sim,
Objetando: “Vou não,
Deus me livre, vá só!”
Então, por mais paixão
Que alguém tenha sim
Por outra pessoa,
Não quer morrer nem
Pra ir pro Céu na boa.
Então, a gente só deve
Amar a gente mesmo,
Esse negócio de amar
Outra gente faz medo.
Pois ninguém morre
Por ninguém, e o Céu
É uma Dimensão que,
Ainda se achando fiel
Não quer nela morar
Por vontade própria.
D. Marisa diz que ama,
Porém, sua resposta
Quando eu perguntei
Se ela iria comigo
Pro Céu, foi um “não”.
Entendi que o paraíso
Melhor pra ela é este
Que eu fiz na Terra
Principalmente aqui
No meu pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde fica a Chácara
Santa Maria, onde ela
Tem paz, amor, graça
Alacridade e gratidão.
Ora, ela não se ilude
Por outra Dimensão,
Ainda que você julgue,
O paraíso dela é aqui
Comigo, do meu lado.
Então, D. Marisa não
Me respondeu errado.
Ora, ame seu cônjuge,
Contudo, já sabendo
Que não vai morrer
Vendo você morrendo.
Obviamente, sentirá
A dor da separação
Já vendo o seu corpo
Se indo num Caixão
Para virar Pó, e não
Voltará nunca mais.
E como a vida deve
Seguir, o Senhor faz
Logo de tudo olvidar,
E com 3 meses tudo
Já está tranquilo sim,
E no lugar, sobretudo
O sentimento que há
Dentro do coração.
Ora, daí então, busca
Outra terna paixão
E recomeça de novo.
É óbvio, não será não,
Como era no passado.
Pode ter frustração,
E pode ter felicidade,
Mas quem morre vai
Só e não leva nada,
Pra apresentar ao Pai.
Enquanto viver aqui
No Planeta Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde sou feliz da vida
Ao lado dessa Mulher
Intitulada D. Marisa,
Que diz que me ama,
E não quer ir pro Céu
Comigo, eu feliz tiro
Pra Mulher o Chapéu,
Pois ela vê que onde
Ela está morando sim,
É o melhor paraíso
Construído por mim.
O Paraíso construído
Por Deus nosso Senhor,
Ainda a D. Marisa não
Conhece. Então, dou
Razão pra ela, por ela
Não querer ir pro Céu
Comigo. Então, já tiro
Feliz pra ela o chapéu.
Por que, ó Querino?
Porque ela tem noção,
Inteligência e sabedoria,
Pois seguir sem direção
É uma grave aventura.
Então, ó D. Marisa,
Deixe-me ir sozinho,
Você ama a sua vida,
E este convite meu
Não faz parte da vida,
E sim, da cruel Morte,
A senhora é sim sabida,
E jamais vai aceitar
Um convite desse não.
É melhor vivo do que
Em outra Dimensão
Morto. Então não vá
Morrer por ninguém,
Jesus Cristo já morreu
E o que o povo vem
Fazendo em seu Nome?
Ganhando sim, dinheiro
Pra viver na ostentação
E regalia o tempo inteiro.
Mário Querino – Poeta de
Deus


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