Alguém pode achar
Que recomeçar seja
Apagar o passado,
Mas agora, isso veja
Que não é apagar,
Mas sim, aprender
A levar sim, só algo
Que cabe no viver
Ou sim, no coração
E deixar para trás
Tudo aquilo sim,
Que pesa demais.
Ora, se a gente for
Apagar o passado,
A gente fica sim,
Sem o aprendizado
E acaba morrendo
Também no tempo.
E como vai deixar
Pro porvir exemplo?
Então, não acredite
Que recomeçar é
Apagar o passado.
Ora, a gente já quer
Que o passado seja
Apagado, mas não
Deve ser apagado,
Para servir de lição.
Pois tudo isso que
Se faz no presente
É algo que passou
Sim antigamente.
Agora, eu pergunto:
Como a gente ter
Um conhecimento
De algo sem saber
Que já existiu aqui
No Planeta Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu
Onde fica o Distrito
De Bananeiras, lugar
Onde sempre fico
Ditoso aprendendo
Caso do passado,
Porque do presente
Eu já sei decorado
E do porvir de nada
Eu sei? Então apagar
O passado é burrice,
É não querer estudar
Fatos que já servem
De exemplo pra vida
Ficar melhor com
Os amigos e amigas,
Sobretudo parentes,
E sim, os concidadãos
Que passam cultura,
Costumes e religiões
De geração a geração.
Então, se a gente for
Apagar este passado,
A vida perderá o valor
E ficará sem sentido.
Ora, o nosso passado
Deve continuar claro
E trazer aprendizado
Para a vida presente
E para o viver futuro.
Então, quem apagar
Não fica não, seguro
No caminho que vai
Percorrer até a morte
Chegar pra levar sim,
Para outro norte
Que ninguém ainda
Tem conhecimento.
Às vezes eu já vejo
Gente neste tempo
Trazendo uma ilusão
E querendo ensinar
Algo que ainda é sim
Do Mundo que está
Sem nenhuma ideia
De como ele existe.
Pois quem já foi não
Veio feliz nem triste,
Quer dizer, até aqui.
Agora, eu vou querer
Ensinar ao povo algo
Que eu não quero ter
Não, nenhum desejo?
Se eu disser que eu
Quero ir para o Céu,
Eu minto para Deus.
Por que, ó Querino?
Porque pra eu ir sim,
Para o Céu, eu devo
Tintim por tintim
Deixar este Planeta
Intitulado Terra,
Mormente o meu
Amado pé de serra
Onde nasci, cresci
E vivo ditoso da vida
Ao lado da Mulher
Titulada D. Marisa.
Ora, o Senhor sabe
Que eu vou morrer,
Mas o meu desejo
Aqui é sempre viver,
Ao lado de D. Marisa.
E se eu falar que eu
Quero ir para o Céu,
Eu minto para Deus.
Por que, ó Querino?
Porque apagarei sim
Meu passado e serei
Tintim por tintim
Esquecido do povo
Que virá no porvir,
Para morar na Terra
Onde eu já nasci,
Cresci e preciso ter
Fatos do passado
Pra eu fazer história
E já deixar animado
Esse povo que me lê.
Mas se eu apagar
O passado, ninguém
De mim se lembrará.
Então, recomeçar
Não é apagar não,
O passado, mas sim,
Trazer no coração
Somente aquilo que
Cabe e seja sim leve
Para a vida na Terra,
Que continuar deve.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Não espere com medo
as mudanças na vida;
em vez disso, olhe para
eles com plena esperança
de que, à medida que
surgem, Deus, a quem
você pertence, irá guiá-lo
com segurança por
todas as coisas; e quando
você não aguentar, Deus
o carregará em Seus braços”.
(São Francisco de Sales)


Nenhum comentário:
Postar um comentário