Cada dia que se passa
Esta mente fica mais
Curiosa e movida sim.
Por isso falta não faz
Nem anseio fazer não,
O sofrimento passado,
Porque eu estou bem
Com D. Marisa ao lado.
Ora, eu não sou besta
Para fazer como o cão
Faz: “Volta seu vômito.”
E nem vou fazer não,
O que o porco faz sim,
Depois de ser lavado:
“Volta feliz pra lama.”
Então o meu passado
Não voltará mais não,
A final de contas, baú
Não sou para ter algo
Velho em Pindobaçu
Onde fica Bananeiras,
Lugar onde eu nasci,
Cresci e só o presente
Eu consigo viver aqui
Na Chácara Santa Maria.
Como estou sim ditoso,
Já me lanço pra frente,
Mesmo já sendo idoso.
Ora, não devo apagar
O meu passado, porém,
Eu querer voltar, acho
Uma burrice também.
Quem não acha boa
Esta vida do presente
Que viveu no passado,
Feito um demente?
Então, não apago não,
Esse meu vil passado,
Mas querer retroceder
É ser um desnorteado
Que não deu a volta
Por cima, e já está...
De fato, sem noção,
Querendo sim, voltar
O vômito, e de novo
Ir pra lama, de onde
Já saiu com trabalho.
Ora, a alma responde:
“Minha vida está boa,
Nem me lembro não,
Do vil passado que eu
Tive sobre este Chão.
Agora, tudo é alegria,
Paz, amor e gratidão,
E quem quiser voltar,
Não me peça opinião,
A decisão é sim sua,
Eu não voltarei não,
Ao meu passado,
Estou bem, ó irmãos,
Ao lado de D. Marisa,
Quem quiser voltar,
Volte, sem vir a mim,
Já são cônscios de lá.”
Ora, mãe Dedé dizia:
“Burro só aprende
Apanhando.” Quem
Quer voltar, entende
Que o chicote é pra
Quem não obedecer
As normas da vida.
Pra voltar, só querer.
Então, estou ficando
É velho, e não besta
Sobre a face da Terra,
Nosso bom Planeta.
Ora, eu posso até ser
Um louco na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras
Onde nasci, cresci
E já tive um passado,
Sim, alienado aqui.
Então, se ainda sou
Um louco, mas não
Sou burro pra voltar
Ao passado, irmãos.
Ora, mesmo vendo
A minha velhice, eu
Vivo feliz o presente
Com este amor meu
Intitulado D. Marisa,
Mulher que me faz
Esquecer o passado
Era que sofri demais.
Na minha concepção,
Opto 10 anos a mais
Do que eu viver sim,
1.000 anos para trás.
Mário Querino – Poeta de
Deus
“Não deveis ficar lembrando
as coisas de outrora, nem
é preciso ter saudades
das coisas do passado.
Eis que estou fazendo
coisas novas.”
(Isaías 43, 18-19)

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