Ora, eu ouvindo sim,
O comentário sobre
Homem trabalhador
Que sempre ele pôde
Sim, viver fielmente,
Com seu trabalho sim,
E ainda sobre boêmio
Que tintim por tintim
Vive à custa dos pais,
Tendo carro, grana
Para gastar sim, feliz
No final de semana.
Com isso a mulher
Se ilude e abandona
O cara trabalhador,
Pois ela não sonda
O comportamento
Do boêmio que visa
Somente curtição,
Sem a expectativa
Dum relacionamento
Fiel e duradouro aqui
No Planeta Terra,
Sobretudo onde nasci.
Ora, a minha mãe era
Filha de proprietário
De terra neste lugar,
Ela tinha o necessário
Para se casar ditosa
Com um cara bem
De vida, mas gostou
De meu pai, que sem
Ter nada pra lhe dar
Boa vida ao se casar.
Ora, seus parentes
Começaram a criticar,
Pois minha mãe era
Uma jovem bonita,
E tinha uma boa vida,
Nesse tempo era rica
À vista das outras.
Mas o meu pai era
Um cara trabalhador
Neste pé de serra
Titulado Bananeiras.
Ainda os parentes,
Amigos e patrícios
Caçoando, contente
Ela continuou seu
Namoro até se casar
E morar de aluguel.
E sem nada cobrar
De meu pai, encarou
O trabalho árduo sim,
E deu à luz a 13 filhos
Sim, inclusive a mim.
Ora, a minha mãe foi
Sim, pra eternidade
Após ter completado
Seus 77 anos de idade,
Depois de 5 anos foi
Meu pai com 87 anos
De idade, sendo sim
No cantinho baiano
Um cara afortunado.
Porém, hoje em dia,
Não é mais não, visto
Trabalhador, a alegria
Da mulher moderna
É ter carro, casa boa,
E curtição, para exibir
As outras pessoas,
Ostentação e regalia.
Mas come o pão sim,
Que o Diabo amassou,
Ainda achando ruim,
Segue sim, camuflada
As agonias na vida,
Para ninguém intuir
Sua Família destruída.
Alguém pode inquirir:
“Qual tipo de rapaz
Poderá me dar vida
Cheia de ledice, paz,
Amor e ternura aqui
No Planeta Terra,
Sobretudo neste
Amado pé de serra?”
Ora, o que eu objetar
Sem qualquer Dúvida?
Quem ama o trabalho,
Quem lida Deus ajuda.
Ora, jovem, que quer
Um excelente rapaz,
Não olhe seus bens,
Porque tudo é do pai.
Mas intua se ele ama
O trabalho, pois só
De amor, não se vive,
E sem labor, será pior
A vida, pois quando
O pai tirar o recurso,
De seu marido, ele
Não terá um pulso
Para encarar o labor
E ganhar sim, grana
Para fazer a compra
No final de semana.
Então, quem trabalha
Deus ajuda, por isso
Eu te peço, ó jovem,
Em nome de Cristo:
Não se iluda em quem
Não ama trabalhar.
Pois ficará frustrada
Quando o pai retirar
Os bens das mãos
De seu amor boêmio.
É assim que hoje eu
Penso ou já entendo.
Mário Querino – Poeta de Deus

Nenhum comentário:
Postar um comentário