Ora, quem disse que
Eu quero confundir
O seu coração para
Viver iludido aqui?
Somente vou fazer
Algumas perguntas,
Para quem tudo isso
Com saber assunta:
Ora, Deus é o dono
Dos céus, da terra
E de tudo que neles
Há. E no pé de serra
Titulado Bananeiras
Onde fica a chácara
Titulada Santa Maria,
Onde eu com graça
Vivo com D. Marisa
Pergunto bem assim,
E quem souber diga
Consciente pra mim
A sua convincente
Resposta sim disso,
Por que Deus é sim
Dono de mim e fico
Receando o Inferno,
Se Deus tem poder
De me livrar de tudo
Que ele pôde fazer
Para compor a Terra
Onde nasci, cresci
E estou vivo ao lado
Da Mulher que eu vi,
Ainda na minha vida
De boêmio neste
Apoucado Distrito
Que tenho interesse
De ficar mais anos
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que amou,
Ama e amará a vida
Desse cara que já é
Sim, louco por amor?
Se Ele fez o Homem
Já sendo Conhecedor
Da sua vil natureza,
Ficarei atemorizado,
Sem eu saber como
Será esse badalado
Inferno? Ora, se Deus
Criou o Inferno para
O Diabo e seus anjos,
Deus dará este cara
Ao Diabo? Aonde vai
Ficar sim, a Imagem
E Semelhança d’Ele?
Tenho mentalidade
De ser humano, por
Isso eu não vejo não,
Um motivo pra Deus
Usar a discriminação
Da própria Imagem
E Semelhança Sua.
E se eu ainda sofrer
O que já sofri na rua,
Eu inquirirei assim
Para o Senhor Deus:
Deus, por que quis
Dar este viver meu
Neste vasto Planeta
Intitulado Terra,
Principalmente aqui
No meu pé de serra
Titulado Pindobaçu,
Onde fica Bananeiras,
Distrito onde nasci,
Cresci e a vida inteira
Vivo com a Mulher
Intitulada D. Marisa?
Se não tenho valor
Nem direito da vida
Eterna, por que vim
Servir só de enxerido
E ser caçoado até
Agora pelos amigos?
Não pedi pra nascer,
E não sou besta
Para pedir a morte.
Ora, vivo no Planeta
Com alacridade sim,
Ao lado de D. Marisa,
Então, me aguente,
É assim a minha vida.
Quando o Senhor
Me fez aqui na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
O Senhor já era sim,
Conhecedor de tudo,
De tudo sobre mim.
Então, quem deve
Aguentar seus filhos
São os seus pais sim.
Ora, ilumine o trilho
Pra eu agora andar,
Mas eu não penso
De mudar costumes
Nem o pensamento.
O Senhor já me fez
Deste jeitão caipira.
E sem brincadeira,
Ó Deus, me inspira,
Pra eu escrever sim,
Uma canção bonita
Para eu cantar feliz
Pra Varoa que fica
Aqui ao meu lado
Cuidando de mim.
Que tal, ó Senhor,
Eu escrever assim:
A vida me traz algo
Que me deixa assim
Feliz e apaixonado
Por quem deu a mim
O dom desta vida,
Para eu viver ditoso
Ao lado de D. Marisa
E também do povo
Que vive ao redor
Desse cara de Deus,
E para falar melhor,
Esse cara sou eu.
Ora, vou agora ficar
Visando o Inferno,
Se tudo isso já está
Com o Criador Eterno?
A minha mãe dizia:
“Quem fica falando
Da propriedade alheia,
Porque está desejando.”
O que me interessa,
Eu viver falando algo
Sobre o Inferno,
Se estou sossegado
Neste Planeta Terra
Onde eu nasci, cresci
E vivo sim, ditoso
Com D. Marisa aqui?
O tempo em que eu
Perderei falando algo
Sobre o Inferno,
Escrevo sim, animado
Uma poesia de amor,
Para todo mundo ler.
Então, deixo pra Deus
De seu jeito resolver.
Mário Querino – Poeta de Deus

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