Qual a pior coisa sim,
Que um ser humano
Pode carregar na vida
Durante muitos anos?
Ora, o que eu objetar?
Simplesmente só isso:
Não tem coisa pior
Que já tive no Distrito
Intitulado Bananeiras
Onde ganhei a vida
E estou ainda vivendo
Ao lado de D. Marisa
Do que a tal ilusão.
Por que, ó Querino?
Porque minha alma,
Ficou aqui sentindo
Uma grande dor sim,
Dor de preconceito,
Dor de discriminação
Que fiquei dum jeito
Que ninguém quer
Ficar nesta Terra
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Onde eu nasci, cresci
E ainda tenho vida
Contente e ditosa
Ao lado de D. Marisa.
Ora, a ilusão deixou
Eu apaixonado sim,
Por algo que não era
Apontado para mim,
Mormente no meu
Apreciado Distrito
Onde eu também já
Descartei tudo isso,
A ponto de eu não
Ficar mais apegado
Em nada nesta vida.
Quer ficar ao lado?
Eu dou o meu amor,
Mas se não quiser,
Será uma escolha,
E siga firme com fé.
Ora, acha que eu vou
Agora me preocupar
Com algo que não
Quer comigo ficar?
Quando eu fiquei
Aflito aqui, a loucura
Distanciou de mim
A minha ternura,
A ponto de eu ficar
Com alma, espírito
E o coração na pior
No amado Distrito.
Então, não há coisa
Pior do que a ilusão,
E com a ilusão tudo
Muda sim a direção
Da gente, e a gente
Carrega expectativa
Que só atrapalha
Os negócios e a vida.
Então, depois que eu
Perdi a ilusão na Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra,
A minha vida mudou,
E mudou pra melhor.
Agora, não tenho não,
Esse medo de ficar só.
Porque já reconheço
Que nada aqui é meu,
Tudo que administro,
Obviamente, é de Deus.
Pois eu nasci pelado
E vou voltar sem nada,
Pra que ficar pensando
Que sou dono da amada
Mulher que ainda vive
Demonstrando amor,
Paz, ledice e gratidão?
Dono dela eu não sou.
Ora, quando eu achar
Que sou dono dela,
Nessa hora eu ficarei
Aqui sozinho sem ela.
Então, por que eu vou
Ficar aqui tão iludido
E também iludindo
As amigas e os amigos,
Se eu não tenho nada
Para dar a ninguém?
Se nada daqui é meu?
Ora, atuo muito bem
Depois que descartei
Sim, essa tal ilusão.
Agora, é só eu viver
Amando de coração,
Em espírito e verdade,
Pois eu vivendo assim,
Deus vai sempre olhar
Contente para mim.
Mário Querino – Poeta de
Deus

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