Às vezes a gente acha
Que a vida não cobra
Uma posição que foi
Na Terra orgulhosa.
Eu ainda me lembro
De quando um amigo
Recebeu uma carta
Que deixou excluído
Dum relacionamento
Poético, apaixonado
E, sobretudo, afetivo
Por não ter alcançado
Sim, o mesmo padrão
De vida que alguém
Conseguiu alcançar
Para se manter bem
Entre esta Sociedade
Moderna, que só visa
Status e ostentação,
Algo que deixa a vida
Perdendo o sentido
No Planeta Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu
Onde fica Bananeiras,
Lugar onde eu nasci
E vivo a vida inteira
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que até aqui,
É uma Varoa simples
Que então, consegui
Confiar em seu amor,
Pois já tem 43 anos
Que somos amigos,
E 37 já nos amamos
Com amor conjugal,
E graças ao Senhor,
Que a boa amizade
Só aumenta o amor
Em nossos corações.
Hoje, já estamos sim,
Velhos e não temos
Almejo não, pelo fim
Do nosso terno amor.
Certamente, a vida
Que me leva tão bem
Ao lado de D. Marisa,
Trará uma separação,
Obviamente, cruel,
Pois somos cidadãos,
Que visamos o Céu.
Mas enquanto nós
Estivermos na Terra,
Principalmente aqui
Em nosso pé de serra,
Vamos nos amar sim,
Ainda que a vaca tussa.
Ora, a gente na vida
Sempre isso escuta:
“Ninguém vive não, só
De amor, precisamos
De muito dinheiro pra
Sermos felizes.” Somos
Humildes e gratos sim,
Por tudo que Deus dá,
Sobretudo pelo amor
Que sempre está
Cada dia aumentando
Em nossos corações.
Então, eu e D. Marisa
Não temos pretensões
De ter esse tal status
Nem a tal ostentação.
Por isso o nosso amor
Entope cada coração
De prazer, paz, alegria,
Ternura e de gratidão
Para vivermos bem
E valorizando a União
Matrimonial no Orbe
Intitulado Terra,
Sobretudo em nosso
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde nos unimos sim,
Para vivermos com
Ledice e paz até o fim
De nossas vidas aqui
Onde eu nasci, cresci
E vivo com D. Marisa
Há 37 anos feliz aqui.
Ora, a vida vai avaliar
Tudo que a gente faz
No Planeta Terra,
E sempre ela nos traz
Uma sentença dura,
E quem for de palha...
É óbvio, esse Dia virá
E gente se atrapalha,
Porque não vi ainda
O Orgulho levar não,
Ninguém numa boa
Dentro de um Caixão.
Por que, ó Querino?
Porque ele vai junto
Para virar Pó, assim
Como vira o defunto.
Por isso eu até aqui,
Só amo a D. Marisa,
Mas tem tempo sim,
Para tudo nesta vida.
Há tempo de plantar
E tempo de nascer,
Há tempo de adquirir
E tempo de perder,
Há tempo de chorar
E tempo de sorrir,
Há tempo de ir atrás
E tempo de desistir,
Há tempo de amar
E tempo de aborrecer.
Então, amo D. Marisa
Enquanto aqui viver
Ao meu lado, mesmo
Entre altos e baixos,
Eu só lhe ofereço sim,
Beijos e abraços,
Carinho e alacridade,
Prazer e sim, ternura
Enquanto posso dar,
Porque na sepultura
Tudo vai virar Pó sim,
E na Eternidade já é
Outra Historia, é vida
Com Jesus de Nazaré.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Não vos iludais, de Deus
não se zomba; o que alguém
tiver semeado, é isso
que vai colher.”
(Gl 6, 7)

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