Ora, às vezes eu fico
Vendo algo na Rede
Social, e eu mesmo
Mereço ir à parede
Sem ninguém levar.
Por que, ó Querino?
Porque o que estou
Vendo e ouvindo,
Imagino que eu sou
Um cara que mereço
Pagar tudo que devo,
Sim, com alto preço
Pelo que fiz no Orbe
Intitulado Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra.
Por isso que eu amo
Trabalhar com fé sim,
Para conseguir aqui
Tintim por tintim
As minhas coisas pra
Eu sentir realizado.
Mas já tenho 63 anos
De idade, rematados.
Por isso eu acho que
O Sistema foi cruel
Para comigo aqui,
E espero que no Céu
Eu possa até cantar
Ao lado de Jesus,
Que só fez o bem,
E pregaram na cruz,
Pois a índole terrena
Não aceita gente
Que quer viver sim,
Aqui honestamente.
Por que, ó Querino?
Porque só visa lucro,
E quem quer ser fiel
Não fica em grupo
Que mexe com grana,
E prefere dar o duro
Para ganhar o seu
Dinheiro lícito e puro.
Uma pessoa honesta
Recusa a decepção
E tem sim, vergonha
Perante uma Nação.
E onde rola dinheiro,
Acho até impossível
Uma pessoa ser 100%
Honesta. É terrível,
Eu poeticamente já
Escrever tão liberal.
E por mais que haja
Honestidade, o Real
Faz a gente se achar
Seguro nesse espaço,
Por isso só aumenta
O desejo de ter saco
Repleto de dinheiro,
E a cobiça é esperta,
A ponto de mandar
Pôr grana na cueca,
No sapato e onde
Achar que está sim,
Bem escondido pra
Tintim por tintim
Ficar seguramente.
Ora, aqui no Brasil,
Isso já é banal, pois
O cupidez é gentil.
A pessoa pobre traz
Um contentamento,
Mas se auferir R$ 1,00
A mais, o pensamento
Muda o estilo de vida,
E seu ganho já é sim,
Pouco para manter
Tintim por tintim
O seu padrão de vida
Entre a Sociedade sim,
Que já lhe prendeu
Tintim por tintim
Num meio civilizado
Onde já precisa ter
Mais grana e gastar
Mais, para feliz viver.
E onde ficou a pessoa
Pobre? Ora, excluída,
Porque raramente
Vai aceitar essa vida
Que teve no passado.
Então, o saco jamais
Vai ficar ali cheio,
Sempre caberá mais.
E já saindo do chão
Por ter criado asas,
A desonestidade só
Cresce em sua casa.
E por esse motivo
Eu devo ir à parede
E ser revisado sim,
E me verem na Rede
Social como carente
De correção na Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu
Onde fica o Distrito
De Bananeiras, lugar
Onde sempre fico
Meu tempo inteiro
Refletindo a vida
Que me leva sim
Ao lado de D. Marisa,
E digo que não vale
A pena ser orgulhoso,
Querendo pisar sim
Sem dó neste povo.
Ora, eu vou citar sim,
Algo de importância:
Ao ficarmos velhos,
Perdemos a elegância,
Os amigos se vão sim,
O dinheiro desonesto
Ou honesto ficará
Nas mãos de esperto
Que nunca deu duro
Durante a sua vida,
E recebeu na boa pra
Gastar com amigas
E amigos também.
Agora pergunto eu:
Vale à pena adquirir
Algo contra o Deus
Que criou os céus,
A terra e tudo que há
Neles? Então, pare
Agora para pensar.
Vejo que isso é sim,
Um tempo perdido,
Deixar a Esposa aqui
E já sair sim, iludido
A fim de ter grana
Para se achar o tal.
Daí o tempo passa
E o amor conjugal
Esfria, com razão,
A ponto de perder
O sentido da vida,
E só vai perceber
Quando tudo está
Já fora do normal.
Daí pode ser tarde
Demais. E esse casal
Que tanto se amava,
Foi sim, já destruído
Por causa da grana
Que deixou iludido.
Não tem como ficar
Entre duas pessoas
Que não se aquecem
Nem dialogam na boa,
O amor verdadeiro.
Na minha concepção,
Quanto mais perto,
Mais amor no coração,
Que seja uma pessoa
Ou seja, o dinheiro,
Quem se aproxima
É quem tem primeiro
A prioridade de ficar
Ao lado contente.
Por isso eu já acho
Que, ficar com gente
É o meu maior bem
Que Deus me dar sim,
Para eu viver ditoso
Tintim por tintim.
Porque eu não troco
D. Marisa por grana
Nenhuma na Terra,
Se até aqui ela ama
Esse cara pobretão,
Esse cara deve amar
Também de alma
E coração sim, e ficar
Amando até o fim
Apontado por Deus,
E esse cara lhe ama,
E esse cara sou eu.
Então a honestidade
Faz com que eu vá
Parar na parede sim,
Pra Deus me revisar.
E quem sou eu para
Ser contra a revisão?
Acha que eu vou ser
Aqui contra a mão?
Se eu errei, devo sim,
Pagar pelo que eu
Já fiz ilícito na Terra,
E disso já sabe Deus.
Ora, o Espírito Santo,
Obviamente vai sim,
Tocar neste coração,
Exibir tudo pra mim,
E caladinho eu devo
Pagar meus pecados,
E ninguém deve ter
Dó. Sou eu o culpado.
Mário Querino – Poeta de
Deus

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