Poeta Mário Querino 22/07/2019 |
Vivo pelo mundo à-toa
Sem saber para onde ir,
Prossigo vendo pessoas
E ninguém para instruir
Trilha que devo passar.
Claro, há muitas ideias
Que me fazem pensar,
Há autor de assembleia
Para também conduzir
O povo que vive à-toa,
Contudo, eu já percebi
Que a visão das pessoas
Não é chegar lá no Céu,
E sim, ter uma vida feliz
Na Terra. Tiro o chapéu
Para um varão que diz:
“Jesus foi sim preparar
Para todos as moradas.”
Têm muitos neste lugar
Que só usam a Palavra
Visando fins lucrativos.
Daí saem pelo mundo
Acossando unir amigos
Dando amor profundo,
Mostrando o caminho
Que nos leva ao Céu,
Mas vivo no cantinho
Me achando tabaréu
Diante desses espertos
E mestres da verdade.
E o meu louco intelecto
Avalia com simplicidade
E intui que os mestres
Que revelam o caminho
Do Reino Celeste,
Estão bem no cantinho
Que é parte do Planeta,
Intitulado Terra,
E com a dor de cabeça,
De fato, no pé de serra,
Por que sabem bem,
Que pra entrarem no Céu,
Vão fenecer também,
E como a Morte é cruel,
Nem os meus mestres
Querem então fenecer,
Ainda de visão celeste,
Preferem na Terra viver
Entre tantas dores sim.
Ora, se meus mestres
Têm tanto medo assim
De encarar vida celeste,
Imagina naquele que é
Só discípulo na Terra!
É bom conviver com fé
Neste meu pé de serra.
Eu só não devo ensinar
Atalho para as pessoas,
E eu mesmo abdicar
Por não achar coisa boa,
Mesmo já sendo ciente
Que a trilha leva ao Céu,
Lugar que muita gente
Com prazer tira chapéu.
Sinceramente, só fico
Aqui na expectativa
E morando no Distrito
Com esta minha vida.
Porque se a outra vida
Fosse maravilhosa sim,
E tão boa de ser vivida,
Por que dizem a mim,
E ninguém pretende ir
Receber essa vida
Que tanto pregam aqui
Para amigos e amigas?
Claro, se meus mestres
Estão com esse medo
De terem a vida celeste,
Entendo, existe segredo.
E hoje já vou descobrir:
“Sabe por que eles têm
Esse tal medo de subir
E viverem no Céu bem?
Por que o seu objetivo
Não é a vida celestial,
E sim, dar bom sentido
À vida entre o pessoal
Que reside do seu lado
Aqui no planeta Terra.
Então, vivo sossegado
Neste meu pé de serra.
Ora, quando eu morrer,
De fato, meu espírito
Do Senhor vai depender,
E meu corpo no Distrito,
Certamente virará pó,
Pois ele veio do pó sim.
Então, a coisa melhor
É ser feliz igual a mim,
E passar os dias de vida
Neste planeta Terra,
Entre amigos e amigas,
Melhor, no pé de serra.
Que só façamos o bem,
Enquanto somos vivos,
Após a Morte, ninguém
Fará nada para amigos.
Então, por isso prefiro
Viver assim tão à-toa,
Sem isso e sem aquilo
Que agonia as pessoas
Que vivem no mundo,
É claro, planeta Terra.
Bom, é amor profundo
Neste meu pé de serra
Por esta vida que Deus
Deu a todos nós.
Então, no caminho meu
Levanto a minha voz
E todo mundo escuta:
Eu sou um à-toa,
Porém, vivo nesta luta
Mostrando as pessoas
Que não tem mestre
Seguro no que ensina,
Sobre vivência celeste
Que trará a paz divina!
Ora, não seria melhor,
Eu viver na paz aqui
Antes de me tornar pó,
E o meu espírito subir?
É óbvio, eu vou deixar
A vida porvir com Deus,
E no planeta procurar
Realizar sonhos meus.
Quem me achar besta,
Que ache, estou feliz
Usando minha cabeça
Neste cantinho do país,
Intitulado Bananeiras.
Por fim, eu indago:
Vou ficar a vida inteira
Nesta Terra enganado?
Não. Não quero viver
Neste planeta Terra,
Alienado e sem saber
De nada no pé de serra,
Sobre a vida do porvir.
Então, como ninguém
É capaz de me instruir,
Não serei robô também.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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