Poeta Mário Querino 23/07/2019 |
Ontem, após as 22 horas,
Me deitei na cama sim
Ao lado de D. Maria José,
E ao dormir sonhei assim:
Eu tinha ido passar dias
Na face do Satélite Lua,
Quando lá eu cheguei
E peregrinei feliz na sua
Face, me deu uma dor
De barriga muito forte,
A ponto de eu procurar
Um banheiro, e a sorte
Minha, que eu estava só
Com 3 conterrâneos sim.
Mesmo assim, precisei
Cagar, e dentro de mim
Nesse recinto, eu deixei
Privado até umas horas
As fezes. Pois não queria
Cagar na Lua. E agora,
O que fazer nesse lugar,
Sem nenhum banheiro?
Daí, a barriga se privou
E passei um dia inteiro
Sem cagar na Lua, porém,
Era obrigado eu cagar,
Senão, eu morreria ali.
Ora, isso me fez lembrar
Do pé de fruta que tem
Na roça de meus sogros,
Conhecido como Araçá,
Daí então, fiquei doido
Para tomar um pouco
D’água com a sua casca
Dentro, e a dor passaria,
Porque se tomar passa.
Como lá não tinha Araçá,
O negócio apertou, e eu
Clamei ao meu Senhor,
Obviamente, meu Deus.
A única solução foi cagar
Na face da Lua. E depois,
Tudo ali ficou fedorento
Daí então, o intelecto foi
Ideando tintim por tintim,
O coração sem dizer nada,
Os olhos apreciaram tudo
E a boca disse: “Fez
cagada,
Na face da Lua, para que
Veio? Este não é não,
Espaço de homem morar,
Pois lá na Terra, o chão
Destrói tudo numa boa,
A bosta serve de adubo,
Fortalece o pé de Araçá
E obviamente tudo
Que for planta que tem
Lá no planeta Terra.”
Então, me deu saudades
Do meu bom pé de serra
Intitulado Bananeiras.
Daí, abaixando a cabeça
Eu comecei a matutar:
Por que saí do planeta
Que Deus fez para mim,
Do jeito que eu preciso
Nele viver? Hoje, estou
Na Lua tão constrangido
Com a cagada que dei!
E como voltarei agora,
Se sou aqui controlado,
E nada fica fora da hora
Desse meu controlador?
Eu estou decepcionado,
Ao lado destes 3 amigos
Que também chateados,
Pela cagada que eu dei
Na face da Lua, pois é
Muito fedor num lugar
Que ninguém sentir quer.
Meu Deus, só vim fazer
Cagada nesta Lua, vou
Voltar para o planeta
De onde eu vim, estou
Aqui em lugar diferente,
A Lua não foi feita não,
Pra morar pessoa assim
Como sou, o meu sertão
Já espera por mim, e eu
Vou. Mas como eu irei
Agora para minha Terra,
Aonde eu nasci e viverei?
Toda sujeita que eu fazia
Lá no planeta Terra,
O chão comia tudo sim,
Sobretudo no pé de serra
Intitulado Bananeiras.
Daí, eu me acordei e vi
Que eu não estava não,
Na Lua. Agora já aprendi
Que eu não devo ter
Outro lugar para morar,
Sobretudo, se não tiver
Nenhum pé de Araçá.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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