Alguém quis saber
Se vale a pena eu
Viver como eu vivo
Com o jeitão meu.
Daí inquiriu assim:
“Não achas a vida
Fora da curtição,
Sem mais bebidas,
E distantes assim
De amigos, amigas
E de quase tudo
Durante tua vida
No vasto Planeta
Intitulado Terra,
Mormente neste
Bom pé de serra?”
Só isso eu objetei:
Quando eu vejo
A situação do cara
Andando bêbado,
Eu fico pensativo
E dou valor à vida,
Que Deus me dá
Com a D. Marisa
Neste amado Orbe
Intitulado Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu,
Lugar onde eu vejo
O passado, quando
Eu já fiquei bêbado
Sem a boa noção.
Então vi que não é
Coisa boa viver sim,
Como você já quer.
Ora, já sou louco,
E ainda bêbado,
Não é uma coisa
Boa, assim já vejo.
E sobre a curtição,
Não trago saudade
Não, da minha era
Ou da mocidade.
Por que, ó Querino?
Porque eu fui sim
Um cara pensativo,
E só veio para mim
Problemas na vida,
E ainda dificuldade.
Então, agora, eu sei
Que a minha idade
Já está avançada,
Mas a minha vida
Está muito ditosa
Com a D. Marisa
Na Chácara Santa
Maria onde eu fico
Consigo todo dia
Contente. Por isso
Eu não tenho mais
Essa vontade louca
De participar não,
Ao lado de outras
Pessoas neste Orbe
Intitulado Terra
Onde nasci, cresci
Neste pé de serra
Titulado Bananeiras,
Canto de Pindobaçu.
Então, é só isso que
Eu respondo pra tu.
Mas se você quiser
A vida aglomerada,
Tenha sim na boa,
Sem altercar nada.
Contudo, eu gosto
É de viver assim,
O que eu já passei,
Sei que dá pra mim
Trazer a boa noção
Do que esta vida
Quer me oferecer
Ao lado de D. Marisa.
Mas, se você quer
A vida de curtição,
Eu não sou contra,
É sua essa decisão.
Nem Deus vai não,
Intervir na sua vida
Ao lado dos amigos
E das suas amigas.
Agora, só aguente
As consequências
Sem rezingar nada,
É porque aguenta,
Se não aguentasse,
Obviamente, não
Entraria nessa vida
Infeliz de curtição.
Ora, eu quem não
Vou querer a vida
Com essas coisas
Ao lado de D. Marisa.
Mas se ela quiser,
Eu não estou não,
Com a chave da rua,
É dela essa decisão.
Mário Querino – Poeta de Deus
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