Ora, às vezes a gente
Acha que deve sim
Esquecer o passado,
Eu já pensei assim,
Só por falta de noção.
Porém, após loucura,
Eu já adquiri outras
Ideias. Já sou criatura
Que volta ao passado
Só para testemunhar
Episódios incididos
Na vida que Deus dá
A todos nós viventes
Aqui no Orbe Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu,
Onde fica o Distrito
De Bananeiras, lugar
Onde eu sempre fico
Ditoso com esta vida
Que me leva ao lado
Desta boa Mulher
Que sou apaixonado
De coração, espírito
E de alma também.
Então, quem me faz
Unir assim tão bem,
Sem qualquer dúvida,
São as lembranças
Que trazemos sim,
Na vida desde criança.
A gente acha nesta
Vida que tudo já é
Um passado que não
Valerá à pena, e quer
Tentar esquecer sim,
Mas não olvida não,
A alma, o espírito
E nem este coração
Que há neste velho
Corpo que Deus dá
Até aqui, para que
Eu possa me lembrar
Do meu passado sim,
Dos lugares por onde
Eu já passei, e por fé
Esta vida se esconde
Neste velho corpo
Que já tem 63 anos
De vivência na Terra,
Meu cantinho baiano
Titulado Bananeiras
Onde nasci, cresci
E vivo me lembrando
De tudo até aqui.
Isso já dá a entender
Que a minha mente
Está ficando melhor
Do que antigamente.
Quem me chamava
De doido ou demente,
Hoje em dia, já diz
Que sou inteligente.
Mas isso não vai não,
Me altear em nada,
Eu continuo na boa
Com pessoas amadas,
Ainda me lembrando
Que já fui intitulado
De louco, doido e sim,
Demente. Sossegado
Continuei, continuo
E quero continuar
Ao lado de D. Marisa,
Varoa que pôde visar
O infinito amor sim,
Dentro do coração
Do cara romântico,
Entupido de paixão
E tendo sentimento
Ao lado de D. Marisa,
Que vive feliz ao lado
Desse cara que a vida
Lhe ofereceu na boa,
A ponto de ela dizer:
“Esse cara é só meu,
E amo com prazer.”
Ora, para quem não
Sabe quem é esse cara
Que D. Marisa ama,
Agora, aqui já fala:
Esse cara sou eu sim.
Ora, esquecer a vida
Passada é esquecer
Da visão de D. Marisa
Quando ela ainda era
Uma adolescente
Cheia de vida porvir
E amar um demente.
Então, é impossível
Eu esquecer a Varoa
Que encarou sim,
Preconceito na boa
E zombaria por mim.
Olvidar meu passado
É olvidar Jesus Cristo,
Que tem abençoado
De bom tamanho
Até aqui minha vida
Que me leva ditoso
Ao lado de D. Marisa.
Então, não sou não,
Obrigado a praticar
Atos que já pratiquei
Sem parar pra pensar
Nas consequências
Que viriam a mim.
Mas as coisas boas
Eu trarei até o fim.
Agora, eu já penso:
Se eu pratiquei algo
Contra a Lei do País
Depois de estudado
E já consciente sim,
Devo pagar na boa
O devido preço, mas
Se entre as pessoas
Eu não tinha o saber
Nem conhecimento
Das leis já existentes
Nem mandamentos
De Deus, não devo
Pagar nada, a culpa
É de quem não falou,
Nem peço desculpa.
Ora, porque alguém
Vai me desculpar
Por uma coisa que
Fiz sem machucar?
Agora, eu já cônscio
Que a coisa é errada
E seguir praticando,
Pago sem falar nada.
Porém, quem quiser
Regressar ao passado,
A fim de me censurar
Pelos atos errados
Que eu pratiquei sim,
Quando não havia
A Lei em meu País
Nem eu ainda sabia
Dos mandamentos
Do Senhor meu Deus,
Pelos erros meus,
Agora, a Justiça deve
Cobrar de todos
Até de Adão e Eva,
Porque eu sou doido,
E não, fora da Lei.
Mas se alguém acha
Que vivo praticando
Algo errado, já faça
Um favor para mim:
Venha até aqui
E me esclareça bem,
Pra eu então desistir
De praticar esse mal.
Pois prefiro a Morte
Do que a decepção,
Já sofri, mas fui forte
Pela fé que tenho
Em Deus, e o amor
Que trago no nome
De Jesus, o Salvador.
Ora, nunca passou
Pela minha mente
O almejo de praticar
O mal já consciente.
Então, o que eu faço,
Já faço cônscio sim,
Mas se a Justiça vê
Que há algo em mim
Contra Ela, eu devo
Tintim por tintim
Pagar o preço, ainda
Que seja o meu fim.
Mas, aquilo que fiz
Antes das leis, eu
Não devo pagar nada.
Ora, e contra Deus?
Nesse caso, não sou
Culpado, se eu fiz
Algo contra Deus,
Foi por causa do País
Que tem religiões
Com doutrinas fora
Do normal. Por que,
Ó Querino? Agora,
A Bíblia é a cacimba
De todas as religiões
Cristãs, e só ensinam
Divergência e deixam
O povo de Deus sim,
Igual a macaco, que
Tintim por tintim
De galho em galho
Vive pulando, sem
Ter a boa noção
Do que é também
Ser aluno de Cristo?
Na minha intuição,
Um livro não deve
Ter a contradição.
Por que, ó Querino?
Porque só vai trazer
Confusão ao leitor,
O inteligente vai ler
E achar que é ilusão
E não, uma verdade.
Então, se eu não sou
Mais religioso, por
Não saber qual Igreja
Que ensina a Palavra
De Deus como Jesus
Ao povo ensinava.
Jesus pagava Imposto
Pra dar bom exemplo,
Jesus dividia o pão,
O peixe, no Templo
Expulsava mercadores,
Multiplicava o vinho,
Jesus só fazia o bem
Com amor e carinho
Em prol de todos.
Hoje em dia, a grana
Só fica no bolso
De quem tem fama
De bom Pregador,
Os demais são sim,
Forçados a sustentar
Tintim por tintim:
O luxo, regalia e sim,
A ostentação de quem
Não faz o papel não,
De Pregador também
Como foram os líderes
Do tempo de Jesus.
Ora, a ganância esta
Tanta, que numa cruz
Pregariam novamente
O Senhor Jesus Cristo.
Então, após a loucura,
Eu paro e só reflito,
Sem querer continuar
Com essa vil ideologia,
Embora, eu tendo
O Curso de Teologia,
Mas, após a loucura,
Prefiro só observar,
Meu futuro deixe
Para Deus me julgar
Como Ele quiser sim.
Mas enquanto isso,
Vou vivendo ao lado
De D. Marisa, e fico
Muito feliz com seu
Cuidado para comigo.
Por isso eu trabalho
Pra lhe dar o paraíso.
Mário Querino – Poeta de Deus

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