Algo bom pra gente
Este tempo oferece,
Às vezes a gente até
O coração endurece
E muda a natureza,
É claro, a humana,
Tira os pés do chão
Quando pega fama
No direito e ufania,
Pois tudo isso faz
A pessoa se achar
Superior ou mais
Que outro que não
Pôde ainda alcançar
O mesmo padrão
De vida, para ficar
Na mesma regalia
E com ostentação.
Daí a boa amizade
Toma outra direção
E os velhos amigos
Perdem pra pessoa
A sincera amizade
Que antes era boa.
Raramente a pessoa
Que aufere benefício,
Tem a humildade pra
Agradecer após rico
Ou rica ficar. Acha
Que os demais são
Medíocres por não
Terem a condição
Financeira elevada
Sim, ao seu padrão
De vida, para terem
A mesma satisfação.
Então, a gente não
Muda o que Deus dá.
É o dinheiro que faz
Virar o modo de ficar
Entre as pessoas sim.
Quem nasce grato
Ou grata, faz força
Pra manter o espaço
Que oferece regalia
E sim, ostentação,
Porque a grana faz
Mudar essa opinião
Que não é natural,
E sim, surgida após
O dinheiro chegar
Pra enriquecer nós.
Como, ó Querino?
Quando é pobre,
Anda de todo jeito,
Por achar que pode
Andar assim, entre
Todos de sua classe.
Mas ao enriquecer
Quer ser destaque.
Toma nojo de tudo,
Muda o alimento,
A água, sua roupa
E estabelecimento
Que tanto visitou,
Nojento é a gente,
E não, o botequim.
Na minha intuição,
O nojo está na gente,
Basta ir ao banheiro
Sim, urgentemente,
E livre da imundícia
Ficar por um tempo,
Pois de repente ela
Vem no pensamento.
Ora, a natureza não
Muda, quem muda
É o meio financeiro,
Sem qualquer dúvida.
Mário Querino – Poeta de Deus

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