domingo, 19 de outubro de 2025

QUEM ACHA QUE APARÊNCIA É DINHEIRO, NÃO TEM NOÇÃO DO QUE É UMA REALIDADE

 

Mário Querino 19/10/2025


Ora, um cara precisou

Ir até a cidade, para

Comprar materiais

De construção. O cara,

 

Era costumado ir sim,

Visitar bem lustroso,

Porém, quando ainda

Ele era um cara novo.

 

Daí nessa semana, ele

Foi à cidade só a fim

De comprar com fé,

E tintim por tintim

 

Fez um orçamento

E se interessou sim,

De fazer sua compra,

Mas ao chegar o fim

 

Do orçamento, o cara

Assim lhe perguntou:

“Você me envia hoje?”

O dono lhe objetou:

 

“Não. Somente quando

Tiver outras compras.”

Daí o cara lhe disse:

“Você agora já conta

 

Com outra venda sim,

Pra poder levar essa,

Quer dizer, que eu vim

Porque tenho pressa

 

Pra usar os materiais,

E vou ficar esperando

Outras pessoas? Mas

Esperar até quando?”

 

O comerciante disse:

“Eu não sei não! Hoje,

Já é quinta-feira, não

Dá pra afirmar.” Pôde

 

Desfazer o orçamento

O cara, porque não

Tinha comprado nada.

Como a condição

 

Externa do cara era

De aspecto humilde,

O dono murmurou:

“Desse estou livre!”


Daí o cara olhou sim,

Pra trás. O dono viu

E perguntou: “Você

Está bem?” Daí só riu

 

O cara, e saiu na boa.

Ora, o cara entrou

Em outra Loja e assim

Também perguntou:

 

“Tem esses materiais?”

O dono objetou: “Sim.”

Daí o cara perguntou:

“Que dia leva pra mim?”

 

O dono olhou pro cara

E objetou: “O carro já

Foi pra lá hoje, ainda

Não chegou, não dá

 

Pra dizer quando vai

Sua compra de hoje.”

O dono se levantou

E o cara sair dali pôde

 

Sem comentar nada.

Já perto de meio-dia,

O cara foi em outra

Loja, pois ele queria

 

Materiais para fazer

A sua boa obra sim.

Ao entrar numa Loja,

Tintim por tintim

 

Foi ditoso recebido

Pelo dono, que disse:

“Você já comprou

Aqui. Então fique

 

À vontade!” O cara

Não pensou 2 vezes,

Pra fazer o orçamento,

Deu a lista e logo fez.

 

Depois disse assim:

“Vou lhe dar tanto,

Para você mandar

Levar no meu canto.”

 

O dono da Loja disse:

O caminhão já foi

Levar uma carga sim,

E pra você vai depois.

 

Ora, o cara estava

Sim, todo pelitrapo

E de boné na cabeça,

Vinha dum espaço

 

Do trabalho árduo

Que assumia na vida

Para viver honesto

Entre amigos, amigas,

 

Parentes e patrícios.

Ora, pela gratidão,

Do dono da loja, ele

Com muita satisfação

 

Comprou os objetos

Pra fazer a sua obra,

Que almejava fazer.

Então, roupa nova

 

E boa aparência não

É dinheiro, é ilusão

Para quem não tem

Nenhuma informação

 

Do motivo de a gente

Com esse jeitão viver.

Por isso as duas lojas

Deixaram de vender.    

      

Mário Querino – Poeta de Deus

  

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