Ora, eu fico pensando
Na vida que eu levo
Sobre a face da Terra.
Por quê? Pois eu pego
Um Livro que relata
A vida de quem já
Faleceu, daí eu tenho
Uma fé que não dá
Pra eu entender não.
Por que, ó Querino?
Porque se eu neste
Cantinho nordestino
Não ralar, nenhum
Morto que esse Livro
Relata vai me dar
Nada. Então Ele lido
Por mim por inteiro,
Intuí que essa vida
Dos personagens foi
Mais árdua e sofrida
Do que esta minha
No Orbe já evoluído.
Então, se eu seguir
A ideologia do Livro,
Eu regressarei sim,
A loucura que já fez
Perder o meu rumo
Que eu acho, talvez,
Se não fosse D. Marisa,
Que segue ao meu
Lado, já teria morrido.
Então, hoje, penso eu:
O tempo de eu ficar
Decorando texto
Do Livro, eu trabalho
Pra ter o que mereço,
E isso será essencial
Para a minha vida
Ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa.
Por que quem deve
Fazer o pé-de-meia,
Aqui, sou eu mesmo,
E nisso você creia.
Por que quem se foi,
Não vai nos dar nada.
É óbvio, deixou a sua
História já minutada,
Mas foi dele ou dela,
E eu preciso deixar
Também a minha
Que realmente, será
Completamente fora
Desse velho estilo.
Por isso eu acho que
Eu me grudar naquilo
Que outros fizeram,
Eu deixarei de fazer
O meu bom papel,
Que tenho o dever
De assumir no Orbe
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Pindobaçu
Onde fica Bananeiras,
Lugar onde eu nasci
Cresci e a vida inteira
Trabalho pra manter
A minha ditosa vida
E também a Família
Ao lado de D. Marisa.
Agora, se eu ficar só
Decorando o que fez
O Patriarca Abraão,
Agora digo pra vocês:
Nada eu terei na vida,
Porque morto não
Vai me oferecer nada,
Se eu achar Salomão
Um rei muito sabido,
Inteligente e rico,
E não trabalhar para
Eu ter, assim eu fico:
Sem ter nada na vida,
Porque o que é sim,
De outros, não vai
Nunca chegar a mim.
Então a melhor coisa
Que eu devo fazer,
É cuidar da minha vida
E do alheio esquecer.
Por que, ó Querino?
Ora, porque eu não
Sou chupim para só
Viver à custa de irmãos.
Ora, ganhar dinheiro
Para ficar milionário
À custa dos outros,
Não acho necessário,
Eu quem devo fazer
A minha história,
Para eu ganhar sim,
E ter a grande vitória
Quando eu chegar
Também o meu fim.
Então, não preciso
Decorar tanto assim
Esse Livro, pra saber
O bom estilo de vida
Que eu devo ter sim
Ao lado de D. Marisa.
Acho muita manteiga
No pão dum Pregador
Que acha o Livro já
Pronto e com vigor
Decora para ganhar
Muito dinheiro e fica
Na vida ostenta sim,
Realmente, mais rica
Que o próprio Autor,
Que sofreu para criar
Sua história de vida
E para nos deixar,
Não pra tirarmos não,
Proveito próprio, mas
Para termos uma vida
De amor, ledice e paz
Entre as pessoas sim.
Por isso faço ditoso
A minha história,
Pra mostrar ao povo
Que Deus não quer
Que roubamos não,
Nada que Ele dar
Aos nossos irmãos.
E há sim, pregadores
Que nunca deram não,
1 prego durante a vida
Numa barra de sabão,
E entraram na Religião
Para contar história
De quem já morreu
E hoje, estão na glória
Por viverem iludindo
Os menos esclarecidos,
Que se tivessem noção,
Liam em casa esse Livro...
Mário Querino – Poeta de
Deus

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