terça-feira, 21 de agosto de 2012

POR QUE EXISTE A MORTE?

Poeta Mário Querino 21/08/2012 



Alguém me perguntou:
“Por que existe a morte,
Isso é criada pelo Senhor,
Esta desagradável sorte?”


Eu respondi com saber:
Tudo que há no mundo
Foi e é criado com prazer,
Há um sentido profundo


De existir a vida e a morte.
Não há morte para o justo
Nem existe uma má sorte,
Sobre isso sempre discuto,


Porém, com muita cautela.
Assim como nasci da Terra,
Sou obrigado voltar para ela,
Todavia a vida não encerra


Com o processo do corpo
Perder o espírito que lhe dá
A vida de bom ou mau gosto
Que temos que aqui encarar.


Tudo que nasce envelhecerá
E depois deve então morrer.
Eu preciso deixar um lugar
Para o bisneto que vai nascer.


Se eu nunca morrer o mundo
Jamais terá um bom espaço
Para abrigar a cada segundo
Os que vêm com seus traços


Para se manifestar na Terra.
Quem vive com bom grado,
O corpo jamais se encerra
Antes dum tempo marcado.


Alguém perguntou de novo:
“Por que morre uma criança,
Se nunca fez mal ao povo?
Por que não há abundância


De vida para ela também?”
Eu respondi com sabedoria:
A vida é como a vela que tem
Uma luz repleta de alegria,


Quando ela está se gastando
A tendência é dum dia acabar
O corpo que está queimando,
Estando protegida num lugar


Seus dias de vida dura mais,
Contudo, se estiver exposta
Ao vento, é óbvio, é incapaz...
E vai ter uma vida precoce.


Continuei, a vida é uma só
Quando o corpo recebe vida,
A morte já está ao seu redor
Não adianta procurar a saída,


Se não proteger e preservar,
Precocentemente vai morrer,
Os que ficarem vão lamentar
Sem nada poderem fazer.


Então encaro a vida e morte,
E acho uma coisa natural,
Se eu ficar velho, boa sorte,
Senão, cumpri o papel ideal,


Que foi vir a este Planeta
Que me trouxe sofrimento,
Por não pensar minha cabeça.
Mas tenho contentamento


E jamais vou lamentar a sorte
Com as coisas desta vida
Ou com a dor de uma morte
Que leva a vida desprevenida.


Alguém me replicou assim:
“Você tem muita razão, amigo,
Precisamos viver até ao fim
Com cuidado e prevenidos!”


Mário Querino – Poeta de Deus

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