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| Mário Querino e Marisa 22/03/2020 |
Alguém perguntou sim:
“O que fazer para tirar
De uma vez um ciúme
Doentio que quer ficar
No coração do cônjuge,
E não há controle não?”
O que eu posso objetar
Com Amor e convicção?
Um cônjuge acha sim,
Que o outro é objeto
Para ficar preso na mão,
Sem direito de sucesso,
No que pensa, fala e faz.
Esse é um dos motivos
Que causa um ciúme
Forte e ainda excessivo.
Então, eu fiz um estudo
De 31 anos convividos
Com a “minha” esposa
Que fica sempre comigo.
Mas após tantos anos
De estudos nesta Terra,
Descobri que a Mulher
Que fica no pé de serra
Me auxiliando, não é
Um objeto meu, e sim,
Companheira idônea
Que Deus deu a mim,
Não para tê-la como
Um objeto de posse,
E sim, como Mulher
Já repleta de dotes
Para preencher a vida,
O coração romântico,
Apaixonado e sensível
Que Deus ama tanto.
Por experiência própria,
Confesso que andei sim,
Perdendo a Mulher
Que Deus deu pra mim
No tempo da mocidade.
Pois por ciúme, mudei
A minha ideologia e vi
Que, por nada maltratei
A querida Mulher que
Modificou o meu viver,
Por ser Mulher sábia,
Embora, sem ela ter
Diploma de nível alto,
Como eu também não
Tinha antes dela aqui,
Para amar de coração.
E entre esses 31 anos
De convívio, consegui
O Curso de Magistério,
Após meus 38 anos, vi
Também o Certificado
Teológico na mão direta,
E a boa prosperidade
Na mão esquerda. Feita
Uma comparação, eu
Mudei o procedimento,
E cheguei à Faculdade
Para ter conhecimento
Na Ideologia Celeste.
Então, a Mulher sábia
Não prejudica esposo,
Deixa-o feliz em casa.
Mas por ser humano,
Criei uma onda forte
De ciúme, sem razão,
Que desejou à Morte
A Mulher que eu amo
De todo o meu coração,
E ainda eu quis morrer
Por sofrer tribulação
Dentro do nosso Lar,
Que é tão feliz e lindo,
Mas o ciúme invadiu
O ser Mário Querino,
Deixando demudado,
Pois queria tê-la assim:
Você é minha, e deve
Olhar só para mim,
Você já está na minha
Posse, como objeto
Qualquer, quem vai
Dispor o tempo certo
Para você falar, ouvir,
Andar, se vestir e fazer
Algo mais, sou eu,
Vive sob o meu poder.
E como tirei o ciúme
Da mente e coração?
Ora, vigiando, orando
E tendo compreensão
Que ninguém é dono
De ninguém, e gente
Deve ser livre na Terra,
Para viver contente,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Que fica no cantinho
Deste planeta Terra.
Agora, após 31 anos
De convivência aqui,
Amo a Companheira,
Que com Fé adquiri.
Porém, não considero
Mais como um objeto
Na minha posse não,
Mas como Varoa perto
Para me auxiliar aqui,
Enquanto convivermos
No planeta Terra.
O ciúme foi perdendo
A sua força doentia,
E melhor com a vida
Vou ficando ao lado
Desta Varoa querida.
Claro, não achando
Que sou dono dela,
E sim, Companheiro
Para ser feliz com ela.
Mário Querino – Poeta de Deus
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