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| Poeta Mário Querino 02/09/2018 |
O que devo fazer agora?
Tudo já está esclarecido.
Quem tentou me afastar
Os sonhos e meu sentido
Percebo que hoje já fica
Cada dia mais longe
Do meu contemplar.
Pois Deus me esconde
Num lugar sem acesso
De uma possibilidade
De visualização e ideias
Entre uma comunidade.
Porque ao conseguir ter
Um bom conhecimento,
Meu intelecto mudou
De fato, os pensamentos,
Hoje, observo o mundo
E vejo que não adianta
Perder meu bom senso
Por algo que não avança
Para sempre no Planeta,
Intitulado de Terra.
Tudo isso fica para trás,
Já intuo no pé de serra.
Também pode avançar,
Não por muito tempo.
Um Dia tudo vai ter fim,
E vai ao sepultamento
Sem nenhuma retentiva
Some do planeta Terra.
Quantos são esquecidos
Neste meu pé de serra!
Eu não sou diferente,
Tudo que eu já fiz
E ainda posso fazer,
Neste cantinho do país
É apenas por obrigação.
Porque este é o destino
De quem vem à Terra.
E o que estou sentindo
Não são coisas normais,
Pois dar para mudar
Meu modo de vida
Para o meu bem-estar.
Porém, para mudar
Precisa de tolerância,
Vigília e muita oração,
Pois cada dia a distância
Entre mim e a realidade
Aumenta mais aqui.
Quanto mais eu estudo,
Mais desejo de desistir.
Nunca pensei na vida,
Como penso agora.
Vejo a minha loucura
Do tempo de outrora,
Corrida atrás do vento.
E agora ao contemplar
Tudo e fazer de conta
Que nada vai agradar
Ao meu terno coração.
Porque a cova já está
Se abrindo aos poucos
E tudo comigo entrará
E com poucos tempos
Ficarei esquecido sim,
Pois a vida continua
Sem precisar de mim.
O que eu fizer aqui
No planeta Terra,
Outros desmancharão.
Então no pé de serra,
Não vou mais correr
Nem me preocupar,
Viverei outra realidade
Por ser cafona. Mudar
Não vou, é querer sim,
Enganar ao Senhor.
Mas Deus é Onisciente,
É fiel e entendedor
Do pensar do intelecto.
Deus é Onipotente sim,
Também é Onipresente,
Claro, sabe tudo de mim.
Então, por que me privar
De fazer o que eu gosto,
Alguém poderia defender
Se Deus falar: “Não posso
Te aceitar no meu Reino”?
Agora depois do estudo
Intuo que o que eu faço
Não é nada de absurdo...
Mário Querino – Poeta de Deus
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