sábado, 11 de setembro de 2021

O PREGUIÇOSO SEMPRE ALMEJA, CONTUDO, NADA ALCANÇARÁ

 


 

Mário Querino 11/09/2021

Preguiça faz com que

A gente enfraqueça

E morra de fome sim,

Neste vasto planeta

 

Que o Senhor Deus

Fez nomeando Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra

 

Onde eu nasci, cresci

E vivo comendo sim,

O que eu puder tragar

Achando bom ou ruim.

 

Como eu não adoto

Essa tal de preguiça,

Faço meu prato, tenha

Carne ou só linguiça.

 

Como não sou besta,

Não espero por Marisa,

Se aqui tenho fogão,

E ainda tenho na vida

 

Coragem, força e tudo

Que preciso pra comer,

Achas que vou esperar

E de fome eu morrer?

 

Se a D. Marisa estiver

Trabalhando, dou glória

Ao Senhor meu Deus,

Se não, uso a memória

 

E faço o gostoso prato

Para encher a barriga.

Pois o melhor é comer

E ficar ditoso da vida.

 

Cara, deixa de ser besta,

Vai para o teu fogão

Assoviando e cantando

Prepara o teu bom pão.

 

Se estar com o armário

Cheio de alimento cru,

Tenha ânimo, não morra

De fome em Pindobaçu.

 

Ainda hoje, eu sonhei

Que uma mãe de Família

Tinha a maior preguiça

Do mundo, na partilha

 

Do pão, um dos filhos

Pediu pra ela feijão,

Que não tinha em casa,

Não lhe tiro da razão

 

Por não dar feijão não,

Ao seu filho que pediu.

Mas fiquei embraveado

Quando o coração ouviu

 

A historieta já contada

Por alguém nesta vida:

“Ora, alguém mandou

A mim a criança sofrida

 

Pra me solicitar feijão,

E com muito amor,

E piedade da Família,

Dei 3Kg, e ela o levou.

 

Após alguns minutos

A criança voltou triste

E pra alguém que deu

Os 3kg de feijão disse:

 

‘Dona, mãe não quer

O feijão que a senhora

Mandou por mim não.’

Alguém disse: 'E agora,

 

O que você vai comer'?

A criança inocente fica

Querendo chorar,

Pois de tanta preguiça,

 

A sua mãe já queria

Cozido." Ora, a criança

Não tinha culpa, e sim,

Queria encher a pança.

 

Então, como não sou

Besta, para ter fogão

À gás, ter arroz, carne

Ou linguiça, ter feijão,

 

Farinha de mandioca,

Verdura na geladeira,

E morrer de fome

Aqui em Bananeiras,

 

Esperando por Marisa,

Que está trabalhando

Ou fazendo crochê

No cantinho baiano.

 

Sendo assim, já mereci

Morrer de fome sim,

À muito tempo atrás,

Mas, não vá por mim,

 

Porque sou um cara

Louco, nesta vida vou

Comer sim, algo feito

Com amor e por amor.

 

Ainda que D. Marisa

Não faça, eu farei sim,

E se eu não puder,

Eu pagarei até o fim,

 

Porque eu só trabalho

Visando o pão na Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra.

 

Então a preguiça faz

Com que a pessoa

Se enfraqueça aqui,

E morrer na boa.

 

Menos um pra gente

Não ficar julgando

Na terra de Bananeiras,

Meu cantinho baiano.  

 

Cara, hoje, pare, pense

E me fale a verdade.

Se tem tudo no armário,

E por falta de coragem

 

Não cozinhar e ficar

Com fome esperando

Pela vontade de Marisa

Neste cantinho baiano,

 

Não mereço morrer

E deixar o alimento

Para outro que tem

O contentamento  

 

De acender seu fogo

E cozinhar na boa,

Do que eu jogar fora

E faltar às pessoas?


Mário Querino - Poeta de Deus 

 

“Ande, preguiçoso, olhe a formiga, observe os hábitos dela, e se torne sábio. Ela não tem chefe nem guia nem governante. Apesar disso, no verão ela prepara seu alimento e reúne sua comida durante a colheita. Até quando você vai continuar dormindo, preguiçoso? Quando é que vai se levantar da cama? Um pouco você dorme, outro pouco cochila; e mais um pouco ainda, cruza os braços para descansar. Então cairá sobre você a pobreza do vagabundo, e a indigência como homem armado o atacará.” Provérbios 6.6-11

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