segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O SABER DELA E O MEU AMOR, NÃO HÁ TESOURO MELHOR NESTE PLANETA INTITULADO TERRA

Poeta Mário Querino 16/12/2019



Agora eu vou resenhar,
Quem estiver envolvido
No episódio, e ler cauto,
Hoje, ficará sim sentido,


Se lembrará do tempo
Em que isso aconteceu.
Realmente, há 38 anos,
Uma mocinha apareceu


Na terra de Bananeiras,
E carregava lata d’água
Do Rio Aipim na cabeça,
Enchia potes nas casas.


Na verdade, a vida dela
Na mocidade foi
Realmente fazer isso,
Claro, ia à roça depois.


Mas o foco da resenha,
Não é outro trabalho,
Que a adolescente fez
Em todo o seu atalho,


E sim, na água que ela
Trazia do Rio Aipim
Na cabeça, pra encher
Tintim por tintim


Talhas e potes de barro.
Não querendo rodear,
Para falar do episódio,
Agora, eu já vou revelar


O que incidiu com ela,
Que carregava água
Na cabeça pra encher
Talhas e potes de casa


Em casa, neste Distrito.
Ora, a mocinha chegou
Com uma lata d’água,
Lavou a talha e botou


A boa água dentro dela,
E foi buscar mais no rio,
Para acabar de enchê-la,
Claro, o dia estava frio,


Porém o peso era sim
O mesmo de todo dia.
Daí a talha ficou cheia,
E com prazer e alegria,


Ela foi pegar mais água
Para encher os outros
Potes. A mocinha deu
As costas, e em poucos


Minutos, a sua patroa
Chegou na cozinha,
E vendo a talha cheia,
Sem pena da mocinha,


Resmungando falou:
“Ela deve lavar o pote!”
Derramou a água toda,
Sua empáfia era forte.


Quando a adolescente
Chegou com mais água,
Para encher os potes,
Ela ouviu sim, palavras


Em voz alta da patroa:
“Lavas os potes direito,
E enchas novamente,
Faças tudo bem-feito.”


Ora, a moça precisava
Da grana para comprar
As suas roupas íntimas
(A mãe não podia dar).


Quase chorando pegou
A talha para lavar.
Eu creio que foi a mão
De Deus para ajudar


Aquela mocinha pobre
Que veio para o Distrito.
Porque nasceu na roça
Entre vegetais e bichos.


Claro, a talha deslizou...
E acabou se quebrando,
Deixando a moça livre
Neste cantinho baiano.


E de lá para cá, ela vive
Na terra de Bananeiras,
Sempre com alacridade,
E parece brincadeira,


Se casou com um rapaz
Muito louco, a ponto
Da própria família dele,
Dar conselhos “cônscios”


Pra que ela abrisse mão
Do predito Casamento.
Ainda penso que ela leu
A fábula daquele tempo,


Que a princesa queria
O príncipe encantado.
E pra tê-lo, o sapo seria
Então por ela beijado.


Agora, já após 31 anos,
Aquela adolescente
Pobrezinha e sofrida,
Aprecia o Céu contente,


E agradece ao Senhor,
Pelo seu sofrimento,
Por seu louco marido
E por este atual tempo


Em que já vive ditosa
Entre mulheres de bem.
Seu marido lhe deixa
Feliz e notória também.


Porém, pra conquistar
A Sorte, paga um preço.
O sábio, já visa o final
Melhor que o começo.


Por isso D. Maria José,
Me amou na loucura,
Já visando a Sabedoria.
Mário Querino segura


A sua pobreza, visando
Um Amor duradouro.
O Saber dela e o meu  
Amor, não há tesouro


Melhor neste Planeta
Intitulado Terra,
Onde se localiza bem
Meu bom pé de serra.


Mário Querino – Poeta de Deus    
  

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