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| Poeta Mário Querino 29/04/2019 |
Alguém perguntou assim:
“Ser cúmplice do errado
É lícito, para ter amizade
Com alguém?” Calado
Eu fiquei. Porém, alguém
Perguntou novamente:
“É ou não é lícito?”
Olhei pra alguém ciente
E respondi: Um amigo
Verdadeiro rir, chora,
E sofre dores, ao notar
Que seu amigo vive fora
De seu tempo ditoso.
Contudo, se o amigo
Está sofrendo por ser
Inobediente e é punido,
Claro, não justifica não,
Eu dizer que é um falso
Amigo, caso, alguém
Não seja cúmplice. Acho
Que ninguém deve
Manter uma amizade
Com alguém fora
De sua realidade.
Isso não é falsidade,
E sim, domínio próprio.
Essa coisa de dizer que
É fraqueza, não gosto
De ouvir, pois sei
Que fez consciente.
Por que não há fraqueza
Para fazer o bem? Gente,
Para de tanto engolir
Conversa fiada!
Todo mundo percebe
A coisa que é errada.
Se não soubesse, não
Faria aos escondidos.
Pois quem é inocente,
Não tem olhos, ouvidos
Nariz e nem boca,
Para ver, ouvir, cheirar
E falar alguma coisa,
Faz tudo sem recear,
Porque o inocente
Não tem medo de nada.
Mas o cônscio de tudo,
Sabe se a coisa é errada.
Então, manter amizade
“Verdadeira”, cúmplice
Do errado, não é certo
Agora, pare e assunte:
Uma criança de 5 anos,
Quando quer fazer algo,
Não pensa no espaço
Se é certo ou errado.
Por exemplo: A criança
Abaixa a roupa e faz
Xixi em qualquer lugar,
Um Doutor é capaz
De fazer tudo isso?
Por que não faz?
Porque é consciente.
Se fizer e os policiais
Conduzirem ao Quartel,
Ele pode se justificar
Que foi uma fraqueza?
Fez ciente e deve pagar.
Ora, ser um cúmplice
Para manter amizade,
Não quer dizer que é
Um amigo de verdade.
Mário Querino – Poeta de Deus
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