terça-feira, 3 de novembro de 2020

O RECONHECIMENTO FAZ A GENTE MUDAR O OLHAR PERANTE A DEUS E AOS HOMENS

 

Mário e Marisa 03/11/2020

 

Hoje, vejo o mundo

Diferente, por razão

De reconhecer sim

A minha pretensão.

 

Porque sou humano

Sujeito as paixões

Que tem essa gente

Que vive nos sertões

 

E claro, nas cidades

De grande porte.

Reconhecendo que,

Entre a vida e morte

 

Não sou nada aqui

No planeta Terra,

Sobretudo no meu

Valioso pé de serra,

 

A não ser feito do pó

E brevemente ser

Pó. Vou ser melhor

Nesta Terra por quê,

 

Se sou da mesma

Matéria, feito aqui

No mundo gente

Que logo vai sumir

 

E deixar o espaço

Às mãos de outros

Que virão após mim

E fruirão com gosto,

 

Sem ter tanto labor

Durante a sua vida?

Ora, lido com amor

Ao lado de Marisa,

 

Obviamente sem

Essa tal cupidez.

Por isso eu espero

Por minha vez,

 

E jamais preterirei

Os meus irmãos

Que vivem na lida

Na cidade e sertão.

 

Mas, por ser gente

De índole desigual,

Procuro me conter

Fora desse pessoal

 

Que tem a Cultura

“Civilizada” e o pior

Incide na vida, por

Não querer ser pó

 

Ou reconhecer que

Veio do pó e voltará

Ao pó, sem evasiva,

E sem nada levar.

 

Um certo dia, alguém

Falou feliz assim:

“Vou levando a vida

Mesmo muito ruim.”

 

Então, eu lhe objetei:

Não levas a vida,

A vida quem te leva,

Ó, minha amiga,

 

Se levaste a vida,

Só farias besteiras

Por tê-la nas mãos

Aqui em Bananeiras.

 

Se a vida nos leva,

Somos o que somos

Neste pé de serra,

Cantinho baiano,

 

Imagina se a vida

Estivesse nas mãos

Do povo da cidade

E do nosso sertão!

 

Tudo Deus faz aqui

Com prazer e gosto.

Se dominássemos

A vida, só um pouco,

 

Seriamos uns cães

Correndo entre

Tocos nesta Terra,

Não éramos gente

 

Não, deste mundo,

Como dizia Gildete,

Minha saudosa mãe.

A gente não merece

 

Nada de bom aqui,

Mas, Deus é um Pai

Maravilhoso, perdoa

E sempre nos faz

 

O melhor na Terra

Para termos a vida

Boa, assim como

Tenho com Marisa.

 

Por isso eu já vejo

O mundo diferente,

Reconheço que vim

Do pó, sou gente,

 

Mas voltarei a ser pó,

Obviamente, sem

Levar nada da Terra,

Ficará com alguém

 

Que seguirá vivo.

Então, por que vou

Atropelar gente, se

De nada dono sou?

  

Mário Querino – Poeta de Deus

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