domingo, 30 de abril de 2023

TUDO PASSA, MAS O AMOR DURA PARA SEMPRE

 


 

Mário Querino 30/04/2023

Quando eu era criança,

Quer dizer, um menino,

Pensava sim diferente

No cantinho nordestino,

 

Eu já tinha uma visão

Caracterizada na Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra.

 

Nunca fui ambicioso,

Sempre gostei de arte,

Eu não era admirador  

De poesia, o destaque

 

Era sim no artesanato.

No tempo de lapinha,

Eu ia sim para a casa

De uma amiga minha,

 

E lá eu fazia arranjos

De barro pra pôr sim,

Na lapinha e deixar

Bonita. Ora, pra mim

 

Era a melhor coisa

Que eu fazia na casa

De D. Luzia do Paizinho.

Lá ditoso eu ficava,

 

Pois era uma Família

Humilde, onde tinha

Meninas e meninos

Fazendo pra lapinha

 

Enfeites de barro sim

Para deixar tudo

Sim, bem organizado.

Mas hoje, eu estudo

 

A Cultura deste lugar,

E vejo que tudo virou,

Lapinha não há mais,

Parece que se acabou.

 

Brincadeiras sumiram,

Como: jogo de gude,

Pião, ferrinho e roda

Na noite de lua. Pude

 

Ainda lembrar que

Eu ficava na calçada

Com filhos de D. Dadá

E música apaixonada

 

Cantávamos. Não tinha

Receio não, de cantar,

Porque eu era menino

E não tinha tal caçoar

 

Das pessoas que não

Sabiam cantar aqui,

Pois o bom, era sim

Cantar pra se divertir

 

Com boa satisfação.

Me lembro que eu

Cantava canções de

Roberto Carlos. Meu

 

Prazer era dizer sim:

“Você deixou alguém

A esperar, você deixou

Mais um na solidão...”

 

E outras músicas boas

Que me traziam amor

E alacridade aqui,

Onde ainda eu estou

 

Somente para ouvir

Lindas canções sim

Do rei Roberto Carlos.

Pois cantar, pra mim

 

É muito triste para

Eu mesmo ouvir aqui.

Por isso não canto,

Mas gosto de ouvir.

 

Assim, a minha vida

Vivida no passado,

Sempre foi dum cara

Sempre apaixonado.

 

Hoje, essa Cultura já

Foi de água abaixo.

Agora, se eu cantar,

Sinceramente, acho

 

A minha voz já rouca

E o fôlego já curto.

Ora, ligo o computador

E Roberto, eu escuto

 

Lembrando do tempo

Em que era menino

No bom pé de serra,

Cantinho nordestino,

 

Tempo em que fazia

Artesanato, mas não

Tinha dom de poesia

Aqui no meu sertão,

 

Se eu já tinha, estava

Sim, oculto para mim,

E somente em 1980,

Que comecei assim,

 

Escrevendo, porque

A Professora pediu

A nós alunos, redação,

E meu coração sentiu

 

Almejo de fazer poesia.

E nossa Profa. Marisa,

Gostou dessa ideia

E iniciei ditoso da vida.

 

E graças a Deus que

Eu continuei sendo

Poeta até hoje, aqui

Onde estou vivendo

 

Sem profissão. Por

Que Mário Querino?

Porque o amor me faz

No recinto nordestino

 

Voluntário. Daí eu

Não me dedico não,

Em nenhuma arte

Que torne profissão.

 

E agora, eu já estou

Velho, com a vida

Cansada e dedicada

À Mulher, D. Marisa.

 

Ora, viver tranquilo

Dia e noite, noite e dia

Ao lado de D. Marisa

Na Chácara Santa Maria,

 

É a melhor dádiva que

O Senhor Deus me dá

Por amor a Jesus Cristo,

E Roberto, vou escutar

 

Para viver sim o amor,

Paixão e romantismo

Ao lado de D. Marisa

E também dos amigos.

 

Mário Querino – Poeta de Deus  

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