sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A PIOR BURRICE NA TERRA, É QUERER FUGIR DA MORTE QUANDO ELA CHEGA

 


 

Mário Querino 16/12/2022

Quando a vida quer

Chegar ao fim aqui

No planeta Terra,

Não medra não, fugir.

 

Pra onde pensar de ir

Já fugindo da Morte,

Ora, lá a Morte já fica  

Esperando pela sorte

 

Que a pessoa já tem.

Então, tenho 60 anos

De idade, e nunca vi

No cantinho baiano

 

Algum fugir da Morte,

Ainda nunca ouvi falar

Que haja escapatória,

Pois o que nasce está

 

Com a sua sentença

A ser findada na Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra

 

Intitulado Bananeiras,

Onde eu um dia nasci

E já aguardo morrer,

Pois não ficarei aqui,

 

Porque não sou besta.

Se o Filho do dono

Da Terra e de tudo

Que há, no abandono

 

Deixou sim, tudo isso,

Eu que sou um pobre,

Vou querer ficar aqui?

É claro, você até pode

 

Achar que eu sou sim,

Apegado nas coisas

Que o Mundo oferece,

Mas acho ideia doida.

 

Porque a vida é sim

Complexa na Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra.

 

Então, eu só vivo aqui

Por precisão de viver,

Se não tivesse nascido,

Jamais eu iria morrer.

 

Por isso eu deixo sim,

De ser besta na Terra,

E não me apego em

Nada no pé de serra.

 

Ora, acha que eu vou

Entrar em depressão,

Só por que nesta vida

Me veio má ocasião?

 

Quando eu era moço

E vivia sim iludido,  

Me tornei um besta

E fiquei enlouquecido.

 

Ainda bem, que não

Perdi o mais perfeito

Amor da minha vida,

Por ter vivido do jeito

 

Que eu vivi quando

Eu era um moço.

É óbvio, muito sofri,

Fiquei muito louco,

 

Mas Deus é comigo

E restaurou a vida

Do cara apaixonado

Pela Varoa, D. Marisa.

 

Mas com todo amor

Que reina ente nós,

Jamais eu vou dizer

Com orgulhosa voz:

 

Só a morte separa

Eu de D. Marisa.

Porque sempre vem

Surpresa nesta vida

 

Que Deus nos dá sim.

Mas eu não sou mais

Apegado em nada,

O que eu sofri já traz

 

Experiência pro resto

Desta vida que vivo

Ao lado de D. Marisa,

Que tem me seguido  

 

Como Companheira

Do meu corpo, alma

E espírito também,

Por isso tenho calma

 

Pra viver no planeta

Que auferi esta vida

Para ser feliz junto

A Mulher, D. Marisa.

 

Mas já estou cônscio

Que vou me separar,

Vou virar sim, um pó

E D. Marisa não usará

 

Nem verá mais não,

No cantinho nordestino,

Porém, ficará gravado

O nome Mário Querino

 

Na tábua do coração,

Coração apaixonado

E mais louco do que

O meu no país amado

 

Intitulado Brasil. Ora,

Quando a vida quer

Chegar ao seu final,

Homem e nem Mulher,

 

Ainda sendo amante,

Não fugirá da Morte.

Pois quando ela vem,

Não há ninguém forte.

 

Mais uma coisa digo:

Estou vivendo a vida

Enquanto der para eu

Viver com a D. Marisa.

 

Alguém pode inquirir:

“Quando não der para

Viver com D. Marisa?”

Ora, eu sou um cara

 

Consciente que a vida

Apresenta surpresas,

Quando não der certo,

Eu viver, com certeza

 

Deus muda os planos

Da vida que ele dá.

Por isso não sou besta

Para preocupado ficar.

 

Não regressarei não,

Meu tempo de moço,

Que fui muito besta,

A ponto de ficar louco.

 

E ai de mim, se não

Fosse a D. Marisa,

Pra encarar loucura,

Arriscando sua vida

 

Ou o seu futuro feliz.

Mas a D. Marisa foi

Jovem de fé e amor

Por uma vida a dois.

 

Porém, por ser assim

Uma vitoriosa, não

Deve não, nem pensar

Que é a tal do sertão.

 

Porque a amiga Morte,

Jamais pensa nisso,

Aqui no planeta Terra,

Sobretudo no Distrito

 

Intitulado Bananeiras,

Onde eu nasci e vou

Morrer na boa sim,

Graças ao meu Senhor.

 

Alguém pode indagar:

“Você quer morrer?”

Ora, para não aceitar,

Teria evitado o nascer.

 

Como eu nasci, agora,

Tenho que querer

Com prazer e alegria,

Também o morrer.

 

Mário Querino – Poeta de Deus

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